A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à ADPF das Favelas tem gerado intensos debates acerca dos limites das operações policiais em comunidades cariocas. Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, relator da ação, reiterou que o STF não proibiu as operações policiais, mas ressaltou a necessidade de um plano de recuperação de territórios, sugerindo que a política de segurança pública não deve transformar favelas em zonas de guerra. Mendes criticou indiretamente discursos que, segundo ele, distorcem o alcance das decisões da Corte e defendeu a importância de se garantir direitos fundamentais em áreas de conflito social, buscando um equilíbrio entre o combate à criminalidade e a proteção da vida e da dignidade humana. A atuação do STF, especialmente através de seus ministros, tem se mostrado cada vez mais interventiva nas políticas de segurança pública em estados com altos índices de violência, como o Rio de Janeiro, o que representa uma mudança de paradigma na relação entre os poderes.