Ex- vereador acusado de LGBTfobia é nomeado como secretário de Direitos Humanos de Rio Branco

João Marcos Luz foi alvo de uma representação do MPF após divulgar um vídeo pedindo para as pessoas fiscalizarem a parada Gay. Ex-vereador João Marcos Luz vai comandar a Secretaria de Direitos Humanos
Lucas Thadeu/ Rede Amazônica
O ex-vereador  João Marcos Luz (PL), derrotado nas últimas Eleições, foi nomeado para comandar a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) na gestão do prefeito Tião Bocalom (PL).
📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp
Durante o mandato de vereador, João Marcos Luz se envolveu em algumas polêmicas. Luz é autor de um projeto de lei que queria proibir a participação de crianças e adolescentes na parada Gay. O projeto, aprovado na Câmara, foi vetado pelo prefeito Tião Bocalom (PL), por ter indícios de inconstitucionalidade.
LEIA TAMBÉM:
MPF pede que MP apure possível discurso de ódio de vereador em vídeo contra Parada LGBT+ no Acre
Após polêmica, prefeitura veta PL que proibia participação de menores na Parada LGBT+ em Rio Branco
Justiça manda vereador apagar vídeo em que convoca população para fiscalizar Parada LGBT+ no Acre
O prefeito Tião Bocalom (PL) comentou a nomeação de Luz. “Pra mim, é a pessoa perfeita e certa para poder assumir a secretaria de Assistência Social. O João é uma pessoa muito dedicada, que eu conheço há mais de 30 anos, parceiro e amigo. Como líder na Câmara fez um grande trabalho, tem conhecimento de todas as áreas, uma pessoa inteligente. Não tenho dúvida nenhuma que vai poder ajudar muito,” disse.
Questionado se a nomeação não vai criar uma divergência com a comunidade LGBT, Bocalom todos serão respeitados e defendeu o posicionamento de Luz.

“Nós temos que entender que a maioria sempre vai prevalecer e a minoria é um respeito que nós temos e vamos continuar tendo. A nossa gestão teve algum problema com minoria? Não! Ao contrário, nós sempre tratamos todo mundo igual. Eu tenho certeza que o João vai continuar fazendo isso. Agora ele tem os princípios dele e eu defendo os princípios dele, como eu defendo os meus. Eu não acho que isso tá errado quando ele tava defendendo que que criança não participasse de parada gay. Qual o problema? Nós não temos o direito?,” disse.
No dia 13 de dezembro de 2024, O Ministério Público Federal do Acre (MPF-AC) enviou uma representação à Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Acre (MP-AC) para que fosse apurado possível crime de LGBTfobia pelo então vereador.
Na representação, o MPF pediu que a conduta do parlamentar fosse avaliada por causa de um vídeo publicado por ele em uma rede social antes da Parada LGBT+, que ocorreu no dia 1º de dezembro de 2024 em Rio Branco.
No vídeo, o parlamentar aparecia convocando a população de Rio Branco a fiscalizar a 17ª Parada do Orgulho LGBT+. Ainda no dia 1º, uma decisão da Vara do Juiz de Garantias determinou que o vereador e dois portais de notícias apagassem o vídeo.
O órgão federal argumentou que o conteúdo publicado pelo vereador atribui à comunidade uma ‘agenda perversa’ e investe em pânico moral, e, por conta disso, pede que o MP analise uma possível ação penal contra Luz.
Na época, vereador afirmou ao g1 que a acusação é baseada em ‘divergências políticas e aparente advocacia para o movimento LGBTQIA+’.
Ele disse ainda que procurou advogados e recebeu apoio da Associação de Mulheres, Mães e Trabalhadoras (Matria) para estudar a situação e ‘estudar possível responsabilização dos acusadores’.
Projeto que quer proibir menores de idade na parada LGBT+ é aprovado na Câmara

Advertisement

Keep Up to Date with the Most Important News

By pressing the Subscribe button, you confirm that you have read and are agreeing to our Privacy Policy and Terms of Use
Advertisement