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Rozallah Ignores Presidential Bid Amidst Corinthians SAF Debate

Rozallah, uma figura proeminente no cenário corintiano, expressou apoio ao projeto da SAFiel, iniciativa que visa reformular a gestão financeira e estrutural do clube através da criação de uma Sociedade Anônima do Futebol. A apresentação do projeto, que ocorreu no Pacaembu, buscou detalhar as propostas dos idealizadores em meio a debates acalorados sobre a modernização do Corinthians. No entanto, quando questionado sobre a possibilidade de concorrer à presidência do clube, Rozallah preferiu desviar do assunto, focando a atenção na complexidade e nas barreiras enfrentadas pelo modelo de SAF, o que sugere uma postura estratégica de evitar polêmicas desnecessárias em um momento sensível para o clube e seus torcedores. A declaração, carregada de nuances, indica que a política interna do Parque São Jorge continua a ser um fator determinante nas decisões importantes.

Os criadores da SAFiel, por sua vez, admitem a existência de uma considerável barreira para a aprovação do projeto dentro do Corinthians, alegando resistência de setores influentes da alta direção. Essa oposição se manifesta no receio de que a gestão do futebol do clube possa ser completamente alienada, um ponto que encontra eco em discussões mais amplas sobre a identidade e o controle do Corinthians. As negociações para a aprovação de tais propostas em clubes com tamanha tradição e engajamento popular são intrinsecamente complexas, exigindo não apenas solidez técnica e financeira, mas também um forte convencimento político e a superação de interesses estabelecidos ao longo de décadas. A dívida acumulada pelo clube, que atinge R$ 2,7 bilhões, adiciona uma camada de urgência e pressão, mas também de apreensão em relação a medidas drásticas como a transformação em SAF.

Os tópicos relacionados à reforma do Estatuto do Corinthians têm gerado divisões políticas significativas dentro do Parque São Jorge, evidenciando um racha que impacta diretamente a viabilidade de projetos como a SAFiel. A discussão sobre estatutos é o cerne da governança de um clube, definindo regras, poderes e processos decisórios. Mudanças nesse escopo raramente são consensuais, especialmente em instituições com uma base associativa vasta e diversificada. A resistência demonstrada pela alta direção contra a ideia de o futebol se tornar uma SAF, mesmo diante de um cenário financeiro desafiador, aponta para uma resistência cultural e ideológica à privatização ou a modelos de gestão que envolvam capital externo de forma tão direta. Essa tensão política interna é um obstáculo que os proponentes da SAFiel precisam diligentemente navegar.

Diante desse cenário de impasse e resistência, os criadores da SAFiel buscam ativamente criar novos elos e ampliar o diálogo dentro e fora do clube. A estratégia envolve não apenas apresentar os méritos financeiros e de gestão de suas propostas, mas também construir coalizões e buscar apoio político entre diferentes segmentos da base corintiana. A esperança é que, ao demonstrar a necessidade e os benefícios tangíveis de um modelo como o da SAF, mesmo diante das complexidades e riscos percebidos, seja possível gradualmente desconstruir as objeções e pavimentar o caminho para uma aprovação. Contudo, a ausência de apoio político imediato para que o projeto vingue sugere um longo e árduo processo de negociação, convencimento e, possivelmente, novas reformulações das propostas iniciais para se adequar às realidades e anseios do Corinthians de hoje.