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Deputados Incluem Gasmig na PEC de privatização da Copasa, gerando protestos e adiamento de votação

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vê um novo capítulo na polêmica PEC que visa a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Deputados da base governista incluíram a GasMIG, responsável pela distribuição de gás natural no estado, no escopo da proposta. Essa manobra ocorreu em meio a intensos protestos de trabalhadores, sindicatos e movimentos sociais que defendem a manutenção das empresas estatais sob controle público, alegando que a venda de serviços essenciais como água e gás prejudicará a população mineira, especialmente os mais vulneráveis. A inclusão da GasMIG na PEC, que já previa a retirada da necessidade de referendo popular para a venda da Copasa, acirrou ainda mais os ânimos. Críticos argumentam que essa inclusão amplia o impacto da privatização, afetando um setor estratégico para o desenvolvimento industrial e residencial do estado. As associações de trabalhadores já aprovaram indicativo de greve, sinalizando uma forte resistência à tramitação da proposta. Ambientalistas e defensores do patrimônio público também se manifestam, temendo a perda de controle sobre recursos hídricos e energéticos de Minas Gerais. Diante da forte mobilização e do debate acalorado, a votação da PEC foi adiada para a tarde desta quarta-feira. A expectativa é de que a pressão popular continue a influenciar os desdobramentos na ALMG. A população de Minas Gerais intensificou sua agenda de mobilizações em defesa da Copasa, com atos e eventos programados para os próximos dias. O debate não se limita à Copasa, mas se estende à política estadual de privatizações e à participação cidadã nas decisões que afetam diretamente a vida dos mineiros. A discussão sobre a privatização de estatais em Minas Gerais é um reflexo de um movimento nacional por desestatizações, frequentemente pautado em argumentos de eficiência e atração de investimentos. No entanto, a resistênciademonstrada em Minas Gerais evidencia a preocupação com a universalização do acesso a serviços básicos, a manutenção de tarifas acessíveis e a garantia de que a água e a energia continuem sendo direitos e não mercadorias sujeitas unicamente à lógica do lucro. O impasse entre o governo estadual e os setores da sociedade civil promete continuar moldando o cenário político mineiro nas próximas semanas.