Venezuela denuncia plano da CIA para atacar navio dos EUA em Trinidad e Tobago e anuncia prisões
A Venezuela anunciou a captura de um grupo de indivíduos que, segundo o governo, estariam envolvidos em um plano orquestrado pela Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos para realizar um ataque a um navio americano ancorado em águas de Trinidad e Tobago. Citando informações de inteligência, Caracas alega que o objetivo seria forjar um incidente de bandeira falsa, utilizando o suposto atentado como justificativa para uma intervenção militar contra o país sul-americano. A comunidade internacional acompanha com atenção as declarações, que adicionam mais um capítulo à já tensa relação entre Venezuela e Estados Unidos.
O porta-voz do governo venezuelano, Jorge Rodríguez, detalhou que as prisões ocorreram após uma operação de segurança interna e que os detidos confessaram seu envolvimento no plano, apresentando evidências de conexões com a CIA. Ele também afirmou que os exercícios militares que os Estados Unidos têm realizado em conjunto com Trinidad e Tobago nas últimas semanas não passam de uma estratégia para preparar o terreno para a alegada operação de bandeira falsa. Essa narrativa intensifica as acusações de que o governo de Donald Trump estaria buscando ativamente meios para desestabilizar o regime de Nicolás Maduro.
Por sua vez, o governo dos Estados Unidos ainda não se pronunciou oficialmente sobre as alegações venezuelanas. No entanto, é público o descontentamento de Washington com a situação política e humanitária na Venezuela, com o país americano liderando esforços internacionais para pressionar por uma transição democrática. A Venezuela tem reiteradamente denunciado o que chama de interferência externa em seus assuntos internos, acusando os EUA de apoiarem grupos de oposição e de tentarem orquestrar um golpe de estado.
O incidente, caso confirmado, representaria uma escalada significativa nas tensões geopolíticas da região e poderia ter implicações profundas para a estabilidade do Caribe e da América Latina. Especialistas em relações internacionais apontam que a dependência da informação divulgada por um dos lados do conflito exige cautela na análise, mas ressaltam que a estratégia de bandeira falsa tem um histórico em conflitos ao redor do mundo. A Venezuela, historicamente, tem utilizado a narrativa de ameaças externas para solidificar seu apoio interno e justificar medidas de segurança.