O estado de Santa Catarina vive um momento crítico de saúde pública, registrando um surto sem precedentes do tipo mais virulento do vírus da dengue. Os números são alarmantes, com um aumento de 7.000% nos casos da doença em comparação com períodos anteriores. A situação é agravada pela confirmação de 20 mortes atribuídas à dengue no ano de 2025, o que mobilizou as autoridades estaduais a intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor transmissor da enfermidade. Essa escalada de casos exige uma resposta rápida e coordenada, envolvendo tanto o poder público quanto a população para reverter o quadro.

Diante da gravidade do cenário, o governo de Santa Catarina tem implementado uma série de medidas estratégicas para conter a propagação da dengue. Dentre as iniciativas destacam-se as mobilizações educativas realizadas nas escolas. O objetivo é conscientizar os estudantes sobre a importância da prevenção, ensinando-os a identificar e eliminar focos do mosquito em suas residências e comunidades. Agentes de saúde e de endemias também estão passando por treinamentos específicos para o uso de inseticidas e novas técnicas de controle do Aedes aegypti, garantindo que as ações de campo sejam mais eficazes e seguras diante da resistência que o mosquito pode apresentar.

O combate ao Aedes aegypti é uma batalha contínua, e a resistência do mosquito a métodos tradicionais tem impulsionado a busca por soluções inovadoras. A utilização de novos inseticidas e abordagens de controle direcionadas a diferentes etapas do ciclo de vida do vetor estão sendo consideradas e implementadas em diversas localidades. A prefeitura de Capivari de Baixo, por exemplo, relatou o treinamento de seus agentes para o uso de inseticidas específicos, demonstrando o esforço descentralizado para lidar com a ameaça. A ciência tem contribuído com o desenvolvimento de novas ferramentas, mas a colaboração comunitária continua sendo fundamental para o sucesso das campanhas.

A alta incidência do tipo mais perigoso da dengue em Santa Catarina ressalta a importância da vigilância epidemiológica e da rápida resposta sanitária. A densidade populacional, as condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito e a circulação intensificada dos sorotipos mais graves do vírus criam um ambiente propício para surtos. Portanto, é crucial que a população se engaje ativamente, eliminando recipientes que possam acumular água parada, um dos principais criadouros do Aedes aegypti. A conscientização, a informação e a ação conjunta são as armas mais poderosas para proteger a saúde de todos e reverter este preocupante cenário epidemiológico no estado.