Catedral da Sé lotada em homenagem a Vladimir Herzog completa 50 anos de luta pela democracia
A Catedral da Sé, em São Paulo, foi palco de um evento emocionante que marcou os 50 anos da morte do jornalista Vladimir Herzog. A cerimônia, que reuniu centenas de pessoas, incluindo familiares, amigos, políticos e ativistas, celebrou a memória do profissional e a importância de sua luta pela democracia em um período sombrio da história brasileira.,A morte de Vladimir Herzog, em 1975, sob tortura nas dependências do DOI-CODI em São Paulo, é um dos marcos mais dolorosos da ditadura militar no Brasil. Ele era diretor de jornalismo da TV Cultura na época e sua morte chocou a sociedade, tornando-se um símbolo da repressão e da falta de liberdade de expressão durante o regime. A resistência e o legado de Herzog inspiraram gerações na luta por um país mais justo.,O ato em homenagem a Herzog reforçou a necessidade de nunca esquecer os horrores vivenciados durante a ditadura militar. A presença de autoridades, como o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), que pediu perdão por crimes cometidos em nome do Estado, demonstra um avanço na reconciliação e no reconhecimento das brutalidades do passado. Um calçadão recém-inaugurado em São Paulo também presta tributo a personalidades que lutaram pela democracia, reforçando a importância de manter viva a memória desses indivíduos.,A frase do dia, proferida por Ivo Herzog, filho de Vladimir, ressalta a continuidade da luta pela verdade e pela justiça. A memória de Vladimir Herzog transcende o tempo, servindo como um constante lembrete de que a liberdade de imprensa e os direitos humanos são pilares fundamentais de uma sociedade democrática e que sua defesa é um dever de todos.