Argentina encerrou neste domingo o processo de votação para eleger metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado em eleições legislativas cruciais para o futuro do governo do presidente Javier Milei. A apuração dos votos teve início após o fechamento das urnas em todo o país, com os primeiros resultados previstos para serem divulgados a partir das 21h, horário local. Este pleito é fundamental para que Milei consiga apoio legislativo suficiente para implementar suas reformas econômicas e políticas, enfrentando um contexto de alta inflação e descontentamento social. A jornada eleitoral foi marcada por uma taxa de abstenção expressiva, a maior em mais de quatro décadas, indicando um possível desinteresse ou descrença de parte do eleitorado no processo democrático e nas opções apresentadas. A baixa participação pode enfraquecer a legitimação dos eleitos e criar desafios adicionais para a governabilidade. As expectativas agora se voltam para a consolidação de alianças e a negociação de votos no Congresso. O desempenho dos partidos tradicionais, como a oposição peronista e o bloco de centro-direita, será um termômetro importante da força política em disputa. A capacidade de Milei de negociar e construir consensos será testada nos próximos meses, em um cenário onde a polarização política e a instabilidade econômica continuam a definir o pano de fundo da nação sul-americana. Analistas apontam que a dificuldade em obter maioria no Legislativo pode levar a um governo de coalizão ou a uma maior fragilidade nas decisões governamentais, impactando diretamente na confiança dos investidores e na percepção internacional sobre a estabilidade da Argentina. A mídia local e internacional acompanha de perto a divulgação dos resultados, buscando entender as nuances deste momento decisivo para a política argentina e as implicações para a região.