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Maduro acusa EUA de inventar guerra e realiza exercícios militares em resposta a mobilização americana

O presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou nesta sexta-feira que os Estados Unidos estão inventando uma guerra e reagiu à mobilização militar americana na região com a realização de exercícios de defesa em todo o litoral da Venezuela. Maduro classificou as ações dos EUA como uma simulação bélica, sugerindo que Washington busca desestabilizar ainda mais seu governo em meio a uma crise política e econômica persistente, apesar do levantamento de sanções por parte da Casa Branca. A declaração surge em um contexto de tensões elevadas, em que o governo venezuelano tem se mostrado cada vez mais assertivo em sua defesa soberana. A mobilização militar dos EUA, que conforme reportagens inclui o posicionamento do maior porta-aviões do mundo, caças de última geração e rumores de operações da CIA, levanta questões sobre os objetivos finais da administração americana. Analistas apontam que as ações podem estar ligadas não apenas à pressão política sobre Maduro, mas também a interesses estratégicos na região, como o combate a rotas de tráfico de drogas, uma hipótese levantada por fontes da CNN Brasil. A presença naval e aérea intensifica o clima de confrontação na América do Sul. Em resposta direta, as Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela iniciaram o Exercício Nacional de Defesa Integral, abrangendo todas as áreas estratégicas do território nacional e buscando fortalecer a capacidade de dissuasão e proteção. O objetivo declarado é testar e aprimorar os planos de defesa do país diante de qualquer ameaça externa, com a participação de diversos setores da sociedade civil e das forças de segurança. Essa demonstração de força tem como meta projetar unidade e resistência frente ao que é percebido como agressão estrangeira. A atual conjuntura na Venezuela é complexa, com o país ainda se recuperando de anos de sanções econômicas e instabilidade política. A postura de Maduro, de confrontar diretamente o que ele percebe como beligerância americana, busca consolidar sua base de apoio interna e reafirmar a soberania nacional, ao mesmo tempo em que tenta navegar um cenário internacional cada vez mais imprevisível. A resposta americana, por sua vez, parece intensificar a pressão, mantendo um delicado equilíbrio de forças na região.