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Jovem morre após mais de 50 dias em coma por intoxicação com metanol em gin

Um jovem de 20 anos, que estava em coma há mais de 50 dias após consumir gin adulterado com metanol, veio a óbito. A vítima havia sido internada em estado gravíssimo e, apesar dos esforços médicos, não resistiu às complicações decorrentes da intoxicação. Este trágico desfecho eleva para oito o número de mortes confirmadas no estado de São Paulo relacionadas ao consumo do metanol presente em bebidas alcoólicas, um número alarmante que reflete a gravidade do problema e a necessidade urgente de fiscalização e conscientização. A Secretaria de Saúde do Paraná também confirmou mais duas mortes associadas à intoxicação por metanol, indicando que a contaminação pode ter se espalhado para outras regiões, aumentando a preocupação sanitária em âmbito nacional.

O metanol é um álcool tóxico, frequentemente utilizado como solvente industrial, e sua presença em bebidas alcoólicas de consumo humano é resultado de fraudes e adulterações perigosas. A ingestão, mesmo em pequenas quantidades, pode causar danos neurológicos severos e irreversíveis, levando à cegueira, insuficiência renal e, em casos fatais, à morte. Os sintomas da intoxicação por metanol podem demorar algumas horas para aparecer e incluem dor de cabeça, tontura, náuseas, vômitos, dores abdominais e dificuldade respiratória, evoluindo para coma e óbito se não tratado rapidamente em ambiente hospitalar com antídotos específicos, como o fomepizol e etanol.

A investigação sobre a origem do gin adulterado em São Paulo segue em andamento, com o objetivo de identificar os responsáveis pela fabricação e distribuição da bebida contaminada. A Polícia Civil tem trabalhado para desarticular redes de falsificação de bebidas alcoólicas, que representam um grave risco à saúde pública. Casos como este ressaltam a importância de consumir apenas bebidas de procedência conhecida e devidamente regularizadas pelos órgãos competentes, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A ingestão de bebidas de fontes não confiáveis, especialmente aquelas vendidas em redes sociais ou a preços muito abaixo do mercado, deve ser evitada a todo custo.

Diante deste cenário, as autoridades sanitárias reforçam a necessidade de atenção por parte dos consumidores e a intensificação das ações de fiscalização. A conscientização sobre os perigos do metanol e a importância da segurança alimentar são fundamentais para prevenir novas tragédias. O caso serve como um alerta sombrio sobre os riscos da criminalidade organizada que explora a saúde da população em busca de lucro, e a necessidade contínua do Estado e da sociedade civil atuarem em conjunto para coibir tais práticas nocivas.