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Gordura no fígado: sintomas, causas e tratamentos para esteatose hepática

A esteatose hepática, ou gordura no fígado, é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas células hepáticas. Estima-se que cerca de 30% da população brasileira sofra com essa doença que, muitas vezes, é silenciosa e assintomática em seus estágios iniciais. No entanto, quando os sintomas se manifestam, podem incluir fadiga, dor abdominal no lado superior direito, icterícia (pele e olhos amarelados), inchaço abdominal e nas pernas, e perda de peso inexplicada. É fundamental estar atento a esses sinais para buscar diagnóstico e tratamento precoces, evitando complicações futuras. A esteatose hepática pode ser classificada em dois tipos principais: a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), ligada a fatores como obesidade, diabetes tipo 2, colesterol alto e resistência à insulina, e a doença hepática gordurosa alcoólica, causada pelo consumo excessivo de álcool. Em ambos os casos, o fígado, um órgão vital responsável por inúmeras funções metabólicas, fica comprometido, afetando a digestão, a desintoxicação do corpo, a produção de proteínas e o armazenamento de vitaminas. A progressão da esteatose hepática pode levar a condições mais sérias, como inflamação do fígado (esteato-hepatite), fibrose, cirrose hepática e até mesmo câncer de fígado. O diagnóstico é geralmente realizado através de exames de sangue que avaliam as enzimas hepáticas, ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada, ressonância magnética e, em alguns casos, biópsia hepática. A prevenção e o controle da gordura no fígado passam por mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma dieta equilibrada e rica em frutas, vegetais e grãos integrais, a prática regular de atividades físicas, a perda de peso em casos de sobrepeso ou obesidade e a moderação no consumo de álcool. O tratamento para a esteatose hepática varia de acordo com a causa e a gravidade da doença. Na DHGNA, o foco principal é o controle das condições subjacentes, como diabetes, hipertensão e dislipidemia. Medicamentos podem ser prescritos para auxiliar no controle glicêmico e lipídico, além de vitaminas e antioxidantes que podem ajudar a reduzir a inflamação hepática. Para a doença alcoólica, a interrupção do consumo de álcool é o passo mais crucial. Em alguns casos, o transplante de fígado pode ser a única opção para pacientes com insuficiência hepática avançada. Bebidas como chás à base de ervas com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, como o chá de boldo ou o chá de plantas como o fígado-de-são-roque, podem auxiliar no processo de limpeza e desinflamação do órgão, sendo um complemento importante a um estilo de vida saudável. É relevante ressaltar que qualquer tratamento médico deve ser sempre orientado por um profissional de saúde qualificado.