O presidente do Peru, Dina Boluarte, declarou estado de emergência por 30 dias na capital Lima, medida que visa combater o aumento da criminalidade e da violência na cidade. A decisão tem gerado apreensão em diversos setores, especialmente no que diz respeito à realização de grandes eventos esportivos, como a aguardada final da Copa Libertadores da América, programada para ocorrer no Estádio Monumental de Lima. A medida permitirá que as Forças Armadas reforcem o patrulhamento nas ruas e auxiliem as forças policiais no combate à criminalidade, incluindo o crime organizado, sequestros e tráfico de drogas, que têm assustado os moradores e turistas. Governos anteriores já tentaram medidas semelhantes, com resultados mistos, o que levanta dúvidas sobre a eficácia da ação em um curto prazo. A declaração de emergência suspende alguns direitos constitucionais, como a liberdade de reunião e a inviolabilidade do domicílio, e pode impactar a mobilidade urbana e a dinâmica social da cidade. Especialistas em segurança pública alertam que medidas de repressão isoladas podem não ser suficientes para solucionar problemas estruturais da criminalidade, que envolvem questões socioeconômicas e a necessidade de um sistema judiciário mais eficiente. A incerteza sobre a segurança e a logística para o evento esportivo de tamanha magnitude aumenta a cada dia, com a Conmebol monitorando a situação de perto. Autoridades peruanas asseguram que farão o possível para garantir a ordem e a segurança, mas a comunidade internacional e os apaixonados pelo futebol seguem atentos aos desdobramentos. A cidade de Lima, além de sua importância histórica e cultural, é um centro econômico vital para o Peru, e a instabilidade social pode ter repercussões significativas para o turismo e para a imagem do país na América do Sul e no mundo. O governo peruano busca um equilíbrio delicado entre a necessidade de restabelecer a ordem pública e a manutenção das atividades cotidianas e de grandes acontecimentos que podem trazer benefícios econômicos e de projeção internacional.