O mistério em torno de quem matou Odete Roitman em Vale Tudo, novela icônica de Gilberto Braga exibida em 1988, ganhou um novo capítulo. O ator Alexandre Nero, conhecido por interpretar o comediante e aspirante a político Evandro Gouveia na reprise da obra no Vale a Pena Ver de Novo, causou alvoroço ao declarar em suas redes sociais que Marco Aurélio, personagem de Reginaldo Faria, seria o verdadeiro assassino. Essa teoria diverge do desfecho original, onde Maria de Fátima, interpretada por Gloria Pires, era oficialmente a culpada, executando um plano complexo após ser deserdada pela mãe. A declaração de Nero reacende o debate entre os fãs e especialistas em novelas, que por décadas especularam sobre os inúmeros finais possíveis. A novela Vale Tudo, um marco na teledramaturgia brasileira, não apenas pela trama policial envolvente, mas também por suas críticas sociais contundentes à corrupção, à ganância e à moralidade flexível da sociedade da época, se consolidou como um divisor de águas. A figura de Odete Roitman, a vilã impiedosa e manipuladora, tornou-se um arquétipo da maldade na ficção nacional, e seu assassinato gerou a maior expectativa. A exibição da reprise e as novas teorias mostram a relevância duradoura da novela e de seus personagens. Curiosamente, o iG Gente noticiou que uma ganhadora de um concurso promovido na época da exibição original da novela, que deveria adivinhar o assassino, acertou novamente o desfecho na reprise, reforçando a memória afetiva e a capacidade de retenção do público sobre os detalhes da trama original. Essa coincidência, embora secundária à declaração de Nero, demonstra o engajamento e a paixão que Vale Tudo ainda desperta. A novela soube explorar a capacidade criativa e especulativa do público, tornando cada reviravolta um evento midiático. Em outro aspecto relacionado à novela, o Poder360 trouxe à tona informações sobre o governo Lula e a Globo. Segundo a reportagem, o governo teria negado ter realizado pagamentos à emissora por suposto merchandising na reprise de Vale Tudo. Esse fato adiciona uma camada de complexidade à discussão, lembrando que a relação entre entretenimento televisivo e o cenário político e econômico do país é multifacetada e frequentemente permeada por interesses que vão além do entretenimento puro. As discussões sobre a novela, portanto, abrangem desde a ficção até questões de mercado e relações institucionais.