FMI prevê crescimento modesto para o Brasil em 2025, mas destaca resiliência global frente a riscos
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou projeções recentes que indicam um impacto relativamente limitado das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre a economia brasileira. Analistas do FMI, em relatórios divulgados pelo Folha de S.Paulo e pelo O Globo, apontam que, mesmo diante de uma previsão de desaceleração econômica global, o Brasil deve manter uma posição de destaque em termos de crescimento, projetando-se como a quinta nação com a maior expansão entre os membros do G20 no ano de 2025. Essa perspectiva, embora cautelosamente otimista, reconhece a complexa conjuntura internacional e a necessidade de monitoramento constante. A notícia, veiculada pelo ISTOÉ DINHEIRO, ressalta que essa projeção de crescimento, mesmo modesta em um cenário global de incertezas, é um indicativo de certa resiliência da economia nacional frente a choques externos significativos. A força do agronegócio, as vendas no varejo e um mercado de trabalho que tem mostrado alguma recuperação, são fatores que contribuem para essa expectativa, embora desvalorização cambial recente e a volatilidade nos preços das commodities internacionais possam impor desafios adicionais para o controle inflacionário e o investimento. O cenário global, por sua vez, é objeto de atenção especial. Um comitê consultivo do FMI, conforme noticiado pela Folha, avalia que o crescimento mundial tem se mostrado mais robusto do que o esperado inicialmente, superando algumas previsões pessimistas. No entanto, essa mesma avaliação traz um alerta importante: apesar dessa resiliência aparente, os riscos negativos que pairam sobre a economia global se acentuaram. Tais riscos incluem tensões geopolíticas, a persistência de pressões inflacionárias em diversas economias, a possibilidade de novas crises financeiras e os impactos de longo prazo das mudanças climáticas. A declaração de Paim, destacada pelo Senado Federal, corrobora essa visão de um crescimento do país acima da média regional, o que pode ser atribuído a uma combinação de fatores internos e externos. É crucial notar que a expressão “acima da média regional” sugere que, em comparação com outras nações da América Latina, por exemplo, o Brasil estaria em uma posição mais favorável em termos de expansão econômica. Essa melhora relativa pode impulsionar investimentos estrangeiros e fortalecer o poder de compra da população, mas exigirá políticas econômicas prudentes, focadas na estabilidade fiscal e no controle da inflação, para garantir que o crescimento seja sustentável e inclusivo, beneficiando amplos setores da sociedade. O desafio para o governo brasileiro será, pois, navegar entre a manutenção do ritmo de crescimento e a gestão dos riscos internos e externos, buscando a consolidação fiscal e a atração de investimentos produtivos, ao mesmo tempo em que se debate a agenda de reformas estruturais que podem aprimorar a competitividade e a produtividade da economia a longo prazo.