O fim do suporte oficial para o Windows 10, previsto para outubro de 2025, está gerando uma onda de reavaliação de hardware e softwares entre os usuários. Uma consequência inesperada dessa transição é o ressurgimento do interesse por unidades de Blu-ray. Conforme reportado pela Adrenaline.com.br, a procura por esses dispositivos tem crescido consideravelmente, indicando que muitos consumidores buscam uma forma de manter a compatibilidade com conteúdos e softwares que dependem de mídias físicas, como discos Blu-ray e DVDs. Essa estratégia visa prolongar a vida útil de seus sistemas e garantir o acesso a conteúdos multimídia e softwares que podem não ter versões digitais facilmente acessíveis ou que exigem a mídia física para instalação completa ou validação de licenças em ambientes de computação não conectados ou com limitações de velocidade de internet.

Historicamente, os drives de disco óptico, incluindo os de Blu-ray, sofreram um declínio em sua popularidade com o advento do streaming e a proliferação de mídias digitais e unidades de armazenamento flash. No entanto, a necessidade de preservar e acessar conteúdos que não se encaixam nesse novo paradigma digital, ou para quem prefere ter uma cópia física como garantia contra perda de dados ou indisponibilidade de serviços online, resgata a relevância dessas unidades. Para muitos, o Blu-ray ainda representa uma alternativa confiável e de alta qualidade para armazenamento e reprodução de filmes, jogos e softwares críticos, especialmente em cenários onde a velocidade de download é uma limitação ou quando a autenticidade e a integridade da mídia são prioridade absoluta. Empresas e instituições que ainda utilizam sistemas legados também podem estar impulsionando essa demanda.

A Adrenaline.com.br observa que essa busca por drives de Blu-ray não é apenas uma questão de nostalgia, mas uma decisão pragmática diante do cenário de descontinuação do suporte ao Windows 10. Muitos usuários temem que futuras atualizações ou a transição para o Windows 11 possam criar incompatibilidades com softwares mais antigos que funcionam perfeitamente em suas versões atuais do Windows 10, e que dependem do drive óptico. Além disso, a capacidade de armazenar grandes volumes de dados em discos Blu-ray, como o Blu-ray BDXL que pode comportar até 128GB, ainda é atrativa para arquivamento de dados importantes, backups e criação de mídia personalizada, algo que o streaming e os serviços em nuvem não substituem totalmente para todos os perfis de usuários, especialmente aqueles com preocupações sobre privacidade e controle de dados. A confiabilidade a longo prazo do armazenamento físico, quando devidamente mantido, também é um fator a ser considerado.

A tendência pode também sinalizar uma oportunidade para fabricantes de hardware em revisitar e otimizar a produção de drives de Blu-ray, oferecendo modelos com interfaces mais modernas e recursos aprimorados. Com o Windows 10 ainda sendo amplamente utilizado, a demanda por soluções que garantam a continuidade da experiência do usuário deve persistir. A expectativa é que, à medida que a data limite para o fim do suporte se aproxima e potenciais problemas de compatibilidade de software se tornam mais aparentes, o mercado de drives de Blu-ray possa experimentar um novo ciclo de relevância, atendendo a uma base de consumidores que busca uma transição suave e segura para o futuro, mantendo opções para o presente.