Nobel da Paz cobra saída de Maduro e Brasil se omite em documento do Mercosul
A oposição venezuelana, liderada por María Corina Machado, tem ganhado destaque internacional e seus pronunciamentos têm sido acompanhados de perto. Recentemente, a premiada com o Nobel da Paz fez declarações contundentes, afirmando que narcotráfico sustenta o regime de Nicolás Maduro. Essas acusações, que já circulavam nos bastidores da política internacional, ganham ainda mais peso com a voz de uma figura reconhecida mundialmente pela sua luta em prol da paz e dos direitos humanos. A declaração reforça argumentos de diversos setores que apontam para a fragilidade institucional e a criminalidade endêmica na Venezuela. A omissão do Brasil em assinar um documento do Mercosul que saudava María Corina Machado, logo após a premiação com o Nobel da Paz, gerou reações e debates. Embora nenhuma justificativa oficial detalhada tenha sido divulgada, analistas políticos apontam para a complexidade das relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela. O governo brasileiro, em diversas ocasiões, tem buscado um canal de diálogo com o governo de Maduro, o que pode ter levado a uma postura mais cautelosa em relação a manifestações de apoio explícito a figuras da oposição, que por sua vez são vistas como controversas pelo regime atual. A Câmara do Rio de Janeiro concedeu a Medalha Pedro Ernesto, uma honraria concedida a personalidades que se destacaram em suas áreas, à venezuelana. Este gesto, embora simbólico e localizado, demonstra o reconhecimento de parte da sociedade brasileira à luta de Machado e à causa da democracia na Venezuela. A premiação, somada às declarações inflamadas sobre o narcotráfico, reforça a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro e suas práticas. A postura do Nobel da Paz da Folha de S.Paulo, que declarou que Lula precisa dizer a Maduro que é hora de ir embora , reflete a pressão internacional crescente para uma transição política na Venezuela. As diversas vozes que se levantam contra o regime de Maduro, vindas de diferentes esferas e países, compõem um coro que clama por mudanças urgentes, e a expectativa é que a diplomacia brasileira, em algum momento, se posicione de forma mais assertiva.