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Intoxicação por Metanol em MG e no Brasil: Alerta de Saúde Pública

O Brasil está em alerta máximo devido ao crescente número de casos de intoxicação por metanol, com 32 registros confirmados até o momento. O metanol, um álcool tóxico e volátil, tem sido associado ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, que muitas vezes contêm o composto como substituto mais barato do etanol. A gravidade da situação levou o Secretário de Saúde de Minas Gerais a afirmar que o estado não registrará mais casos, indicando medidas de controle e fiscalização mais rigorosas em suas fronteiras e pontos de distribuição de bebidas.

Diante da crise, o Sistema Único de Saúde (SUS) recebeu um reforço importante com a remessa de 11,5 mil frascos de etanol. Este insumo é crucial para o tratamento de pacientes intoxicados, pois o etanol compete com o metanol no metabolismo hepático, reduzindo a formação de metabólitos tóxicos que causam cegueira, danos neurológicos e até a morte. A pronta disponibilização desse antídoto é vital para salvar vidas e minimizar as sequelas em longo prazo.

A confusão entre os sintomas de ressaca e intoxicação por metanol tem levado ao agravamento dos casos, com pessoas em estado de embriaguez buscando atendimento médico apenas quando os quadros já estão avançados. Sintomas como dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, visão turva, dificuldade de locomoção e, em casos graves, perda de consciência e convulsões, podem indicar intoxicação por metanol e exigem atendimento médico emergencial imediato. É fundamental que a população esteja ciente das diferenças e procure ajuda profissional ao menor sinal de alarme.

Além do tratamento com etanol, o bicarbonato de sódio surge como um aliado importante no combate às intoxicações por metanol. O metanol, ao ser metabolizado, produz ácidos que levam à acidose metabólica, uma condição perigosa que agrava os danos aos órgãos. O bicarbonato de sódio atua neutralizando essa acidez, ajudando a estabilizar o organismo do paciente. A combinação dessas medidas terapêuticas, aliada a um diagnóstico precoce e à fiscalização rigorosa na produção e comercialização de bebidas alcoólicas, é o caminho para superar essa crise de saúde pública.