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Último evento preparatório para COP30 começa com foco em financiamento climático e ação global

Nesta segunda-feira, inicia-se o último evento preparatório crucial para a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que acontecerá em Belém do Pará em 2025. Este encontro de alto nível reunirá líderes globais, negociadores, cientistas e representantes da sociedade civil para alinhar estratégias e fortalecer o compromisso com a ação climática. A pauta principal gira em torno do financiamento climático, um dos pilares para a implementação de projetos de mitigação e adaptação em países em desenvolvimento, especialmente aqueles com grande biodiversidade e vulnerabilidade aos impactos do aquecimento global. A discussão sobre a operacionalização do Fundo de Perdas e Danos, criado na COP27 para auxiliar nações mais afetadas por eventos climáticos extremos, também estará em destaque, buscando-se definir fontes de recursos e mecanismos de distribuição para torná-lo efetivo. A necessidade de acelerar a transição energética e abandonar gradualmente os combustíveis fósseis, conforme acordado na Declaração de Abu Dhabi na COP28, será um tema recorrente, impulsionando debates sobre novas tecnologias de energia renovável e as barreiras financeiras e políticas para sua adoção em larga escala. Além disso, a questão do aumento das contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) é fundamental, com a pressão crescente para que os países revisem suas metas de redução de emissões em linha com o objetivo de limitar o aquecimento global a 1.5°C, conforme estipulado no Acordo de Paris. A participação ativa de governos locais e comunidades indígenas, cujas perspectivas e conhecimentos tradicionais são essenciais para a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, também é assegurada, buscando um engajamento mais inclusivo e efetivo nas negociações. O evento servirá como um termômetro para as negociações que ocorrerão na COP30, permitindo identificar áreas de consenso e desafios pendentes. A expectativa é que os resultados deste encontro fortaleçam a arquitetura financeira global para o clima e definam rotas claras para a cooperação internacional, garantindo que os compromissos firmados se traduzam em ações concretas e mensuráveis. A ciência climática mais recente, que aponta para a urgência de medidas drásticas para evitar os piores cenários, servirá como pano de fundo para todas as discussões, reforçando a necessidade de ambição e solidariedade global. A experiência do Brasil em sediar o evento, com sua vasta biodiversidade e desafios socioambientais, pode oferecer lições valiosas e inspirar outras nações a buscarem soluções inovadoras e equitativas para a crise climática. A conferência preparatória abordará também a importância da adaptação climática, especialmente para as populações mais vulneráveis, e a necessidade de investimentos robustos em infraestrutura resiliente, sistemas de alerta precoce e agricultura sustentável. A questão da justiça climática, que exige que os países mais ricos assumam a maior responsabilidade pelas emissões históricas e apoiem financeiramente as nações mais pobres na adaptação e mitigação, será um ponto central para garantir que a transição para uma economia de baixo carbono seja justa e inclusiva.