Mortes de jovens por suicídio e uso de drogas ameaçam ganho com expectativa de vida no mundo
Um alerta preocupante foi emitido por especialistas em saúde global: as mortes prematuras de jovens, especialmente devido a suicídios e uso de substâncias psicoativas, representam uma ameaça real aos ganhos obtidos nas últimas décadas em termos de expectativa de vida mundial. Este fenômeno, que se manifesta de forma alarmante em diversas regiões e contextos socioeconômicos, demanda uma análise profunda das causas subjacentes e a implementação de estratégias de prevenção e intervenção mais eficazes. A complexidade do problema reside em sua natureza multifacetada, envolvendo fatores psicológicos, sociais, econômicos e culturais que interagem de maneira intrincada, tornando a tarefa de combate aos suicídios e ao abuso de drogas um desafio contínuo e urgente para a comunidade internacional. A falta de acesso a serviços de saúde mental adequados, o estigma associado a transtornos psicológicos e a vulnerabilidade gerada por situações de exclusão social e pobreza são apenas alguns dos elementos que contribuem para a gravidade do cenário.
As consequências desse aumento de mortalidade juvenil transcendem a perda individual e familiar, impactando diretamente o desenvolvimento social e econômico das nações. Uma população jovem com menor expectativa de vida significa uma força de trabalho reduzida, um sistema de previdência social sobrecarregado e um potencial de inovação e progresso comprometido. Ademais, o sofrimento psíquico e a dependência química geram custos significativos para os sistemas de saúde e para a sociedade em geral, desde o tratamento das condições até a reinserção social de indivíduos que enfrentam essas batalhas. É fundamental que governos, organizações não governamentais e a sociedade civil unam esforços para criar ambientes mais seguros e de apoio para os jovens, promovendo a conscientização sobre saúde mental e oferecendo recursos acessíveis para aqueles que buscam ajuda. A educação sobre os riscos do consumo de drogas e a promoção de estilos de vida saudáveis são medidas preventivas essenciais, mas devem ser acompanhadas por políticas públicas robustas que abordem as desigualdades sociais e econômicas que frequentemente estão na raiz desses problemas.
A abordagem para mitigar essa crise deve ser abrangente e integrada, indo além das intervenções clínicas e focando também na prevenção primária. Isso inclui o fortalecimento de redes de apoio escolar e comunitário, o combate ao bullying e ao cyberbullying, e a promoção de um diálogo aberto e sem preconceitos sobre saúde mental e o uso de drogas. Programas de prevenção nas escolas, com foco em habilidades socioemocionais, resiliência e conhecimento sobre os riscos associados ao uso de substâncias, são ferramentas poderosas. Da mesma forma, campanhas de conscientização pública que desmistifiquem o suicídio e incentivem a busca por ajuda profissional podem salvar vidas. A colaboração entre diferentes setores, como saúde, educação, justiça e assistência social, é indispensável para desenhar e implementar políticas que ofereçam um suporte completo aos jovens e suas famílias, desde a detecção precoce de sinais de sofrimento até o acompanhamento a longo prazo.
Em retrospecto, os avanços na expectativa de vida global nas últimas décadas foram um motivo de celebração, impulsionados por melhorias na saúde materno-infantil, controle de doenças infecciosas e acesso à água potável. No entanto, o cenário atual exige uma reavaliação e adaptação das prioridades. A saúde mental e o combate à dependência química precisam figurar no topo da agenda de saúde pública internacional. Investir na prevenção e no tratamento dessas questões não é apenas um imperativo ético, mas uma estratégia de longo prazo para garantir um futuro mais próspero e sustentável para todos. A comunidade global tem a responsabilidade de agir antes que as conquerdas em longevidade sejam irremediavelmente minadas por tragédias evitáveis que afetam a juventude, o futuro de qualquer sociedade.