A eterna Vera de “Vale Tudo” e grande protagonista da novela original de 1988/1989, Debora Bloch, surpreendeu ao descartar a participação de um personagem específico na lista de suspeitos pela morte de Odete Roitman. Esta revelação reacende o fascínio em torno de um dos maiores mistérios da história da televisão brasileira, onde a identidade do assassino de Odete Roitman se tornou um verdadeiro divisor de águas na audiência e no imaginário popular. O desfecho da trama, que culminou na identidade do assassino, gerou um impacto sem precedentes, culminando em uma febre nacional que transformou “Vale Tudo” em um fenômeno cult. A atriz, que na época interpretava a determinada e, por vezes, controversa Vera, contribui com seu conhecimento de bastidores para novas especulações, mesmo que indiretamente, ao descartar uma possibilidade. A repercussão do caso foi tão massiva que o próprio Jornal Nacional, em uma ação inédita, revelou o nome do assassino na época, antecipando o que seria exibido na TV. Essa estratégia, embora questionável do ponto de vista da narrativa, demonstrou o quão profundamente a novela havia capturado a atenção do público. A morte de Odete Roitman transcendeu a ficção, tornando-se um marco cultural e um estudo de caso sobre o poder da televisão em engajar e mobilizar a sociedade brasileira, influenciando discussões em diversos círculos e até mesmo em famílias. O remake internacional da obra, que recentemente apresentou sua própria versão do crime, também trouxe à tona novas discussões sobre a abordagem do mistério e a fidelidade à obra original, provocando comparações e debates entre os fãs mais ardorosos e os novos espectadores. A memória de Odete Roitman e o suspense que cerca sua morte continuam a reverberar, provando que algumas histórias são eternas.