Corinthians: Grupo propõe modelo do Bayern para SAF com participação de torcedores
A ideia de transformar o Sport Club Corinthians Paulista em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ganha contornos mais definidos com a proposta de um grupo de idealizadores que se espelham no modelo de gestão do Bayern de Munique. Este gigante europeu é conhecido por sua estrutura de governança que alinha eficiência administrativa com forte engajamento de seus sócios e torcedores, garantindo não apenas sucesso esportivo, mas também estabilidade financeira a longo prazo. A proposta busca replicar essa filosofia no contexto brasileiro, que tem visto um aumento no interesse pela adoção do modelo SAF entre os clubes.
A contextualização financeira é um dos pilares centrais da discussão. Relatos indicam que a dívida do Corinthians tem um crescimento alarmante, estimado em R$ 1 milhão por dia, o que evidencia a urgência de soluções estruturais e financeiras robustas. A implementação de uma SAF, com uma gestão profissionalizada e transparente, poderiam ser um caminho para renegociar dívidas, atrair novos investimentos e otimizar a utilização dos recursos.
O movimento “SAFiel” surge como um catalisador para a compreensão e aprofundamento do projeto. Seu objetivo é desmistificar o processo de transformação do Corinthians em SAF, delineando os benefícios e os desafios envolvidos, com uma ênfase particular na participação dos torcedores. A ideia é que os apaixonados pelo clube não sejam apenas espectadores, mas sim parte integrante da nova estrutura societária, herdando um legado de sucesso construído coletivamente. Essa abordagem busca fortalecer o senso de pertencimento e responsabilidade entre a torcida.
A comparação com o Bayern de Munique não é aleatória. O clube alemão opera sob a norma “50+1”, onde o clube mantém a maioria das ações, impedindo que a maioria do controle de votos caia em mãos de investidores externos. Isso assegura que os interesses dos torcedores permaneçam centrais. Aplicar um conceito similar no Corinthians, onde a participação dos torcedores na estrutura da SAF possa ser significativa, garantiria um diferencial competitivo e uma ligação emocional que é difícil de quantificar, mas essencial para a identidade do clube.