A Coreia do Norte celebrou o 80º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores em meio a um clima de intensas demonstrações de força militar, sob a liderança de Kim Jong-un. O evento, marcado por um grandioso desfile em Pyongyang, serviu como plataforma para que o regime norte-coreano exibisse seu arsenal moderno e reforçasse sua postura desafiadora no cenário geopolítico global. A ostentação de mísseis balísticos intercontinentais e outras armas de ponta é uma tática recorrente do país para projetar poder e intimidar adversários, especialmente os Estados Unidos e seus aliados na região. Esse tipo de demonstração, embora comum, adquire particular relevância em momentos de tensão elevada, buscando enviar uma mensagem clara sobre a capacidade de defesa e dissuasão norte-coreana. O aniversário, portanto, transcende a mera comemoração interna, funcionando como um palco para a diplomacia da força. A capacidade de desenvolver e testar armamentos avançados é um dos pilares centrais da estratégia de sobrevivência e afirmação internacional adotada pelo regime de Pyongyang. A comunidade internacional observa atentamente esses movimentos, avaliando as implicações para a segurança regional e global. A busca por novas tecnologias militares, inclusive nucleares e de mísseis, tem sido uma constante na agenda norte-coreana, refletindo a visão de que a dissuasão é a melhor garantia contra qualquer agressão externa. A realização de tais desfiles serve não apenas como demonstração de capacidade técnica, mas também como um elemento de propaganda interna, visando reforçar a unidade nacional e o apoio ao líder supremo em torno de uma causa comum de autodefesa e soberania. Paralelamente à exibição de força, o discurso oficial norte-coreano frequentemente inclui alertas sobre a existência de ameaças reais por parte de potências estrangeiras, justificando suas ações como medidas de proteção indispensáveis. Essa retórica tem sido utilizada para consolidar o apoio popular e justificar os investimentos significativos em defesa, mesmo diante de dificuldades econômicas internas e sanções internacionais. A forma como a Coreia do Norte pretende usar este aniversário para sinalizar suas intenções em relação aos EUA e outros atores regionais é um dos pontos de maior atenção para analistas de segurança internacional.