Vítor Burns, o Bap, vice-presidente do Flamengo, afastou qualquer especulação sobre uma possível saída do clube da Liga do Futebol Brasileiro (Libra). Em declarações recentes, ele classificou como zero a chance de rompimento, enfatizando a importância da união para o futuro do futebol nacional. Bap explicou que, embora o Flamengo possua um poderio financeiro considerável e possa, hipoteticamente, jogar sozinho, isso deixaria poucas verbas para os demais clubes, o que seria prejudicial para a saúde geral do esporte no país. A declaração sublinha a visão do dirigente de que o sucesso da Libra depende da colaboração e da distribuição equitativa de recursos, visando fortalecer um ecossistema mais robusto para todos os participantes, não apenas para os gigantes. Essa perspectiva contrasta com interpretações de que o Flamengo estaria buscando uma posição de domínio absoluto dentro da liga, e reafirma o papel do clube como um dos pilares para o desenvolvimento do projeto. A liderança do Rubro-Negro na negociação e na sustentação do modelo Libra é vista como crucial para sua consolidação, mesmo diante de discordâncias pontuais com outras equipes. Assim, a solução para os impasses internos da Libra, segundo Bap, reside na própria força do futebol brasileiro e na capacidade dos clubes de encontrarem um terreno comum, com o torcedor sendo um elemento fundamental nesse processo de engajamento e validação. A estratégia visa atrair investimentos externos e garantir receitas consistentes, que possam ser revertidas em melhorias estruturais, contratações de alto nível e, consequentemente, em um espetáculo mais atrativo para o público. A posição do Flamengo, portanto, transcende mero interesse financeiro individual, projetando-se como um esforço coletivo pela profissionalização e prosperidade do esporte. A Liga, ao que tudo indica, busca um equilíbrio entre a força de seus maiores clubes e a necessidade de manter competitivos os demais, criando um ambiente de disputa saudável e sustentável a longo prazo. O debate em torno da Libra tem sido intenso, com diferentes interpretações sobre os reais interesses dos envolvidos, mas as falas de Bap trazem uma perspectiva clara sobre a visão do Flamengo, que se coloca como um agente facilitador e propositor de um modelo onde todos possam se beneficiar da exploração comercial dos direitos de transmissão e outros ativos vinculados ao futebol. A resiliência do projeto Libra, mesmo em meio a questionamentos e divergências, é um testemunho de sua relevância estratégica para a reestruturação financeira do esporte bretão no Brasil, com o Flamengo exercendo um papel de ponta nesse cenário, não apenas como player, mas como força motriz de desenvolvimento.