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VAR do Choque-Rei: Cautela da CBF e Análise Detalhada do Lance entre Allan e Tapia

A recente polêmica arbitral no clássico Choque-Rei entre Palmeiras e São Paulo, que envolveu o VAR, culminou em uma reunião na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Durante o encontro, foram divulgados os áudios do sistema de arbitragem de vídeo referentes aos lances mais controversos, especialmente a jogada que levou à expulsão do jogador Reinaldo e a análise de uma possível intervenção de Allan em Daniel Tapia. A intenção da CBF com essa transparência é demonstrar a metodologia aplicada pelos árbitros de vídeo e buscar um entendimento mais amplo por parte dos clubes, diminuindo as tensões no futebol brasileiro. A divulgação desses áudios visa, primordialmente, desmistificar o trabalho do VAR e reforçar a seriedade com que as decisões são tomadas no contexto técnico da partida.

De acordo com as informações que circulam, a análise do VAR sobre o lance envolvendo Allan e Tapia apontou para um escorregão acidental do primeiro, mas com um alerta crucial: Andreas Pereira teria tocado na bola antes da entrada mais forte de Allan. Essa detalhada observação do momento exato em que a bola é disputada reflete a complexidade do trabalho do árbitro de vídeo, que precisa analisar múltiplos fatores para chegar a uma conclusão. A precisão temporal é um dos aspectos mais desafiadores e importantes do VAR, pois pequenas frações de segundo podem alterar completamente a interpretação de uma jogada, especialmente em disputas de posse de bola e em lances que possam configurar falta, cartão ou até mesmo invasão de área em cobranças de escanteio, como foi o caso.

A diretoria da CBF, por sua vez, parece ter adotado uma postura de cautela e, segundo relatos, teria até mesmo ‘imposto uma geladeira’ aos árbitros envolvidos, indicando a gravidade com que a entidade trata as falhas de arbitragem, especialmente aquelas que geram grande repercussão. O incômodo com a atuação da arbitragem, inclusive vindo de figuras importantes como Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, demonstra a pressão constante sobre os profissionais do apito. A CBF busca equilibrar a demanda por justiça em campo com a necessidade de manter a confiança no trabalho de seus comandados, o que exige uma comunicação clara e um acompanhamento rigoroso das performances.

Em meio a esse cenário, o Palmeiras manifestou publicamente preocupação com o que chamou de “pressão descomunal”, sugerindo que há um interesse em gerar “o caos” no futebol. Essa declaração, que inclusive foi acompanhada por uma provocação nas redes sociais com uma imagem de nuvens chorando sobre o São Paulo, revela o clima de tensão e a percepção de que o clube alviverde se sente alvo de um ambiente hostil. A reverberação dessa polêmica também se estendeu ao campo das provocações entre torcidas e clubes, como a postagem do Palmeiras ridicularizando o São Paulo com a previsão de chuva para a semana, evidenciando a rivalidade intensa que transcende as quatro linhas e se manifesta também no ambiente digital e nas interações cotidianas do esporte.