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Arbitragem da CBF comete erro de era pré-VAR com peso no rumo do Brasileiro

Um erro crasso da arbitragem na partida entre São Paulo e Bahia, válida pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, gerou polêmica e pode ter influenciado diretamente o decorrer da competição. A decisão de não marcar um pênalti claro para o Bahia, em um lance que relembrou tempos sem o auxílio do VAR, causou indignação e levantou questionamentos sobre a qualidade do trabalho dos homens do apito, mesmo com a tecnologia disponível. A falha em questão ocorreu ainda no primeiro tempo, quando o zagueiro Arboleda, do São Paulo, cometeu um pênalti claro e indiscutível sobre o atacante Everaldo, do Bahia. A bola bateu primeiramente no braço do defensor e, em seguida, ele atingiu o jogador adversário. O árbitro Wagner Reway, que estava próximo à jogada, sequer assinalou a infração, e o VAR, que deveria intervir em lances capitais como este, optou por não chamar o árbitro para revisar o lance, em uma decisão que chocou e revoltou jogadores, comissão técnica e torcedores do clube baiano.Essa má atuação arbitral, além de prejudicar o Bahia na busca por pontos cruciais para se afastar da zona de rebaixamento, também impacta a disputa pelo título brasileiro, pois um resultado diferente poderia ter mudado o cenário para Palmeiras e Flamengo. A repetição de erros absurdos, especialmente em jogos de alta relevância, demonstra que o VAR, apesar de ser uma ferramenta importante, ainda necessita de ajustes em seu protocolo de uso e, principalmente, em sua aplicação. A falta de intervenção em um lance tão óbvio e com potencial de alterar o placar e o resultado de uma partida crucial é frustrante e mina a credibilidade do sistema.É fundamental que a CBF e a CONMEBOL invistam não apenas em tecnologia, mas também na formação e capacitação contínua dos árbitros e assistentes de vídeo. O objetivo deve ser garantir que o VAR seja utilizado de forma eficaz e justa, corrigindo erros claros e manifestos, sem induzir a paralisações desnecessárias ou a decisões subjetivas. A experiência de jogos sem o auxílio tecnológico, onde o erro humano tinha maior peso, não deve se repetir em uma era onde a tecnologia se propõe a erradicar essas falhas evidentes. Um campeonato com disputas tão acirradas em todas as frentes, da briga pelo título à fuga do rebaixamento, exige o máximo de precisão e segurança nas decisões de arbitragem, para que o esporte democrático que tanto amamos não seja refém de equívocos que podem comprometam a integridade do resultado final. A confiança dos clubes e da torcida na lisura da competição está diretamente ligada à qualidade da arbitragem em campo e no monitor.