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Israel nega maus-tratos contra Greta Thunberg e outros ativistas detidos em flotilha para Gaza

Israel refutou nesta quarta-feira (2) as acusações de maus-tratos e agressões contra ativistas de uma flotilha internacional que tentava furar o bloqueio imposto à Faixa de Gaza. Entre os detidos está a ativista climática sueca Greta Thunberg, que teria sido uma das mais humilhadas, segundo relatos de outros deportados. A Marinha de Israel interceptou a embarcação na manhã de terça-feira, alegando que ela violava o bloqueio marítimo. O porta-voz do governo israelense declarou que todas as regras internacionais foram seguidas durante a abordagem e detenção, e que as alegações de maus-tratos são infundadas e parte de uma campanha de desinformação.

Relatos de sobreviventes da flotilha, que incluía ativistas de diversas nacionalidades, descrevem um tratamento hostil e desrespeitoso nas prisões israelenses. As denúncias mencionam a falta de acesso a água potável, alimentação adequada e atendimento médico, além de humilhações verbais e físicas. Um dos ativistas deportados relatou que a situação foi especialmente difícil para Greta Thunberg, que se manifestou veementemente contra o bloqueio e a postura de Israel, atraindo atenção internacional para o caso. A interceptação da flotilha ocorreu em um contexto de crescente tensão na região, com manifestações pró-Palestina ocorrendo em diversas partes do mundo em apoio a um cessar-fogo em Gaza.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que está visitando os cidadãos brasileiros que estavam a bordo da flotilha e foram detidos em Israel. A pasta tem prestado assistência consular aos envolvidos, buscando garantir seus direitos e a rápida resolução da situação. Paralelamente, em São Paulo, um ato em apoio à Palestina reuniu manifestantes na Avenida Paulista, pedindo o fim dos conflitos e o fim do bloqueio à Faixa de Gaza. O evento destacou a persistência da comoção global em relação à crise humanitária na região e as consequências das ações israelenses.

A comunidade internacional tem acompanhado de perto os desdobramentos, com organizações de direitos humanos exigindo uma investigação independente sobre as denúncias de maus-tratos. A defesa de Greta Thunberg e dos demais ativistas argumenta que a detenção e o suposto tratamento recebido representam uma violação dos direitos fundamentais e uma tentativa de silenciar vozes críticas à política israelense. A situação levanta novamente o debate sobre o bloqueio marítimo de Gaza e a liberdade de expressão em contextos de conflito geopolítico.