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Redistribuir gordura corporal pode ser mais benéfico para pessoas com pré-diabetes do que simplesmente perder peso, sugere estudo

Uma nova perspectiva no manejo do pré-diabetes surge com a sugestão de que a redistribuição da gordura corporal pode ser mais vantajosa do que a simples perda de peso. Estudos recentes indicam que a localização da gordura, particularmente o acúmulo na região abdominal e visceral, está fortemente associada ao desenvolvimento da resistência à insulina e, subsequentemente, ao pré-diabetes. A gordura visceral, por estar localizada mais profundamente e ao redor de órgãos vitais como fígado e pâncreas, libera mais ácidos graxos livres e substâncias inflamatórias que interferem negativamente na ação da insulina, dificultando a captação de glicose pelas células.

Enquanto a perda de peso tradicionalmente focada na redução da massa corporal total é recomendada para melhorar os marcadores do pré-diabetes, este novo enfoque levanta a hipótese de que a qualidade e a distribuição da gordura corporal podem ser fatores determinantes. Uma redução na quantidade de gordura visceral, mesmo que não resulte em uma grande perda de peso total, pode levar a uma melhora significativa na sensibilidade à insulina. Isso significa que o corpo pode utilizar a insulina de forma mais eficiente, ajudando a regular os níveis de açúcar no sangue e a reverter ou retardar a progressão do pré-diabetes para o diabetes tipo 2.

As estratégias para alcançar essa redistribuição de gordura envolvem não apenas a dieta, mas também a prática regular de exercícios físicos. Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida e natação, são conhecidos por sua eficácia na redução da gordura visceral. Além disso, o treinamento de força com pesos pode aumentar a massa muscular, o que, por sua vez, melhora o metabolismo e a captação de glicose, contribuindo para uma melhor composição corporal e uma menor proporção de gordura.

Compreender que a batalha contra o pré-diabetes pode envolver mais do que apenas o número na balança é crucial para otimizar os tratamentos. A orientação nutricional deve priorizar alimentos que promovam a saúde metabólica e a redução da inflamação, enquanto os planos de exercícios devem ser adaptados para maximizar a queima de gordura visceral e o ganho de massa magra. Dessa forma, indivíduos em risco ou com pré-diabetes podem alcançar melhores resultados de saúde a longo prazo, focando na qualidade da composição corporal e não apenas na quantidade.