A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) comunicou oficialmente a aquisição de 70% do seu capital social da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) em um negócio avaliado em R$ 1,13 bilhão. A transação envolveu a Eletrobras e o fundo Vórtx, e representa um movimento estratégico significativo para a Sabesp, que busca consolidar e expandir suas operações no setor de saneamento básico e geração de energia. A aquisição tem como objetivo principal aprimorar a segurança hídrica do estado de São Paulo, garantindo o abastecimento e a gestão mais eficientes dos recursos hídricos, especialmente em um cenário de crescentes desafios climáticos e demanda populacional. A Emae, com seu portfólio de usinas hidrelétricas e atividades relacionadas à gestão de rios, complementa a infraestrutura existente da Sabesp, criando sinergias importantes para otimização de processos e ampliação da capacidade de atendimento. A transação, contudo, não ocorreu sem controvérsias. O acionista minoritário Tanure ingressou com uma ação judicial questionando os termos e a legalidade da operação, o que adiciona um elemento de incerteza ao processo de integração das empresas. A justificativa para a compra pela Sabesp, segundo o Governo do Estado de São Paulo, está diretamente ligada à necessidade de fortalecer a infraestrutura hídrica e energética, assegurando a continuidade e a qualidade dos serviços prestados à população. A antecipação do vencimento de debêntures do controlador da Emae, garantidas por ações, foi um dos fatores que culminaram na negociação, indicando um processo de reestruturação financeira que precedeu a venda do controle acionário. Este movimento aguarda os desdobramentos legais para que a consolidação definitiva da Emae sob a gestão da Sabesp possa ser realizada plenamente.