Um incêndio de grande magnitude deflagrou na Mata do Baleia, região que margeia um bairro nobre de Belo Horizonte e é vizinha ao renomado Hospital da Baleia. A fumaça densa originada pelas chamas, que se alastraram pela serra do Curral, foi tão intensa que forçou a unidade de saúde a suspender parte de seus atendimentos como medida de precaução. A prioridade foi garantir a segurança de pacientes e colaboradores diante da contaminação do ar. As equipes de combate a incêndios foram acionadas e, após um esforço considerável, as chamas foram controladas. No entanto, a liberação do ar contaminado pela fumaça levou tempo, e o hospital manteve alguns serviços suspensos até que as condições se normalizassem, demonstrando a fragilidade da infraestrutura urbana frente a eventos climáticos e ambientais extremos. Este incidente serve como um alerta para a crescente vulnerabilidade de áreas urbanas em Minas Gerais. Dados recentes indicam que os Bombeiros no estado enfrentam uma média de 160 incêndios em vegetação por dia, um número alarmante que reflete a combinação de fatores como o tempo seco, o aumento das temperaturas e, em alguns casos, ações humanas negligentes ou criminosas. A Mata do Baleia, como outras áreas de preservação, é essencial para o equilíbrio ecológico da capital, atuando na regulação climática e na manutenção da biodiversidade. A retomada completa dos atendimentos no Hospital da Baleia ocorreu após a diminuição significativa da fumaça e a avaliação de que os riscos à saúde foram minimizados. Contudo, o episódio levanta discussões importantes sobre a necessidade de políticas mais robustas de prevenção a incêndios, a importância das áreas verdes em centros urbanos e o desenvolvimento de planos de contingência mais eficazes para situações de emergência que afetem diretamente serviços essenciais como a saúde.