GP de Singapura: Alonso lidera treinos; Bortoleto demonstra evolução
O Grande Prêmio de Singapura, que retorna ao calendário da Fórmula 1 após um hiato, apresentou um cenário de alta competitividade já nos treinos livres. Fernando Alonso, com sua vasta experiência e a competitividade da Aston Martin, mostrou que o carro se adapta bem ao circuito de rua da cidade-estado asiática, liderando a primeira sessão com um tempo expressivo. Sua performance é um indicativo de que a equipe britânica pode ser uma forte candidata a bons resultados neste fim de semana, desafiando as equipes tradicionalmente mais fortes do grid. A consistência e a capacidade de Alonso em extrair o máximo do equipamento são fatores determinantes nessas pistas onde a aderência pode ser um fator limitante.
Na segunda sessão de treinos livres, a disputa pela liderança se manteve acirrada, com Oscar Piastri emergindo no topo. O piloto da McLaren demonstrou grande ritmo, sinalizando que a equipe de Woking também encontrou um bom acerto para o desafiador traçado de Singapura. No entanto, o destaque para o público brasileiro foi a performance de Gabriel Bortoleto. O jovem talento, que está tendo a oportunidade de pilotar o carro da Red Bull como parte de um programa de desenvolvimento, mostrou uma evolução notável ao longo do dia, terminando em 15º lugar na segunda sessão. Essa experiência é inestimável para seu aprendizado e desenvolvimento como piloto.
Apesar de não ter figurado entre os primeiros colocados, Bortoleto demonstrou maturidade ao comentar seu desempenho. Ele reconheceu que ainda há trabalho a ser feito nas configurações do carro da Red Bull, mas enfatizou o aprendizado com cada volta. A pressão de pilotar um dos carros mais rápidos do grid e em um circuito urbano tão exigente seria imensa para qualquer piloto, e a forma como Bortoleto lidou com a situação é um ponto positivo. Helmut Marko, consultor da Red Bull, também comentou a sexta-feira, exaltando a melhora apresentada pela equipe, indicando que os ajustes realizados parecem estar surtindo efeito, mesmo com a pouca quilometragem em treinos livres.
O circuito de rua de Singapura é conhecido por sua exigência física e técnica. As altas temperaturas, a umidade e a configuração sinuosa com poucas zonas de escape tornam cada erro punitivo. A aderência, um dos pontos cruciais para o desempenho, pode variar consideravelmente ao longo do fim de semana devido à limpeza natural da pista pelos pneus. Para pilotos como Bortoleto, que estão em fase de adaptação e aprendizado, enfrentar essas condições em um carro de ponta é um teste de fogo. A capacidade de gerenciar pneus, o consumo de combustível e a resistência física serão tão importantes quanto a velocidade pura para todos os competidores, adicionando camadas de complexidade à estratégia das equipes.