O cometa interestelar 3I/ATLAS tem se tornado um enigma para astrônomos ao redor do mundo. Diferente de todos os cometas já observados, que geralmente são compostos por gelo, poeira e rochas, o 3I/ATLAS exibe uma quantidade incomum de metais em sua composição. Essa particularidade levanta questões fundamentais sobre a formação de planetas e sistemas estelares em outras galáxias, sugerindo que a diversidade de materiais cósmicos pode ser muito maior do que se imaginava. A descoberta de metais em abundância em um cometa interestelar desafia os modelos atuais de astrofísica e abre caminho para novas teorias sobre os processos de acreção em discos protoplanetários. Ainda não se sabe exatamente como essa alta concentração de metais se originou, mas hipóteses apontam para ambientes de formação estelar distintos daqueles encontrados em nosso Sistema Solar. A investigação detalhada dessa composição pode fornecer pistas valiosas sobre a química do universo em larga escala. Nesta sexta-feira, o 3I/ATLAS realiza sua maior aproximação de Marte, um evento particularmente interessante para os cientistas. Embora as chances de um impacto sejam nulas, a proximidade permitirá a observação detalhada do cometa através de telescópios posicionados no planeta vermelho, coletando dados inéditos sobre sua atmosfera e núcleo. Essa oportunidade única visa aprofundar o conhecimento sobre a estrutura e a dinâmica de objetos interestelares. A passagem do 3I/ATLAS por nosso sistema solar é um evento raro e efêmero. Após sua observação próxima a Marte, o cometa continuará sua jornada interestelar, desaparecendo gradualmente de nossa vista. No entanto, sua trajetória é tão peculiar que sua volta ao sistema solar interno é imprevisível, com projeções indicando que ele pode retornar apenas em um futuro distante. A velocidade impressionante de sua viagem, estimada em cerca de 240.000 km/h, reforça sua natureza interestelar, indicando que ele se originou fora dos limites gravitacionais do Sol e está em uma trajetória de escape.