A inclusão da prostatectomia robótica no rol de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) representa um divisor de águas para a uro-oncologia no Brasil. Essa tecnologia, que já é amplamente utilizada em centros médicos privados, agora se torna acessível a uma parcela maior da população, democratizando o acesso a um tratamento mais preciso e menos invasivo para o câncer de próstata. A cirurgia robótica, também conhecida como cirurgia assistida por robô, utiliza um sistema de braços robóticos controlados por um cirurgião em um console, permitindo movimentos mais finos e seguros, com visão tridimensional ampliada do campo operatório. Essa precisão minimiza o dano a tecidos saudáveis ao redor da próstata, o que tradicionalmente pode afetar a função erétil e o controle urinário dos pacientes após a remoção da glândula. A tecnologia robótica não apenas melhora os resultados oncológicos, mas também contribui para uma recuperação mais rápida, com menor tempo de internação e menor necessidade de analgésicos. Além do câncer de próstata, a cirurgia robótica tem demonstrado grande potencial no tratamento de outras condições urológicas complexas, como o câncer de bexiga e de rim, bem como em outras especialidades cirúrgicas. A expansão dessa capacidade dentro do SUS, que também pode ser utilizada para outras intervenções urológicas e em diversas especialidades, sinaliza um compromisso com a modernização dos equipamentos e técnicas empregadas no serviço público de saúde. Este avanço é resultado de articulações políticas e da crescente demanda por tratamentos de ponta, buscando equiparar o SUS aos padrões internacionais de qualidade em saúde. A expectativa é que a incorporação da cirurgia robótica não só eleve o padrão de atendimento, mas também abra caminho para pesquisas clínicas e desenvolvimento de novas aplicações para essa tecnologia inovadora no país. O investimento em tecnologia de ponta no SUS é fundamental para garantir que todos os cidadãos brasileiros tenham acesso aos melhores tratamentos disponíveis, independentemente de sua condição socioeconômica. A expectativa é que, com o tempo, a cirurgia robótica se torne um procedimento padrão para diversas indicações dentro do sistema público, beneficiando milhares de pacientes em todo o território nacional. O deputado Weliton Prado, que tem sido um defensor da inclusão dessa tecnologia, comemora a decisão, ressaltando a importância do acesso igualitário a tratamentos de ponta.