A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu um passo audacioso rumo à modernização do futebol nacional com a apresentação de um novo e reformulado calendário para o futebol profissional masculino. Esta mudança, que vinha sendo debatida e negociada há algum tempo, visa não apenas reorganizar a cronologia das competições, mas também democratizar o acesso e promover um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do país. A articulação com federações estaduais e emissoras de televisão foi crucial para a aprovação e implementação dessas propostas, que prometem impactar significativamente a estrutura do esporte nos próximos anos, buscando maior competitividade e sustentabilidade econômica.

A ampliação da Série D para 96 clubes é um dos pilares dessa reforma, representando um aumento considerável no número de equipes participantes. Esse formato expandido permitirá que um maior número de equipes, especialmente aquelas de menor porte e de regiões menos tradicionais, tenham a oportunidade de competir em um âmbito nacional, gerando visibilidade, receita e desenvolvimento. Os critérios adotados para a seleção e classificação desses 96 clubes ainda serão detalhados pela CBF, mas a expectativa é que envolvam um mix de performance em competições estaduais e regionais, além de considerar fatores de desenvolvimento e representatividade geográfica, buscando um equilíbrio justo.

Outra novidade que marca o retorno de uma competição de grande relevância histórica é a ressurreição da Copa Centro-Oeste, após 24 anos de ausência. O objetivo da CBF com este torneio é reaquecer o futebol regional no Centro-Oeste brasileiro, impulsionando o esporte em estados que muitas vezes ficam à margem dos holofotes nacionais. A ideia é criar um calendário mais robusto para essas regiões, fomentando rivalidades locais e oferecendo uma vitrine para novos talentos, o que a longo prazo pode enriquecer o espetáculo do futebol brasileiro como um todo.

Para além dessas mudanças imediatas, a CBF já sinaliza um planejamento de longo prazo, com projeções para o futuro do futebol de clubes. Um exemplo notável é a possibilidade de o Campeonato Paulista, a partir de 2026, adotar um modelo inspirado na UEFA Champions League. Este formato, conhecido mundialmente por sua paixão e apelo comercial, sugere uma reestruturação da fase de grupos, com confrontos eliminatórios e um alto nível de competitividade. A adoção de tal modelo em uma das competições estaduais mais importantes do país demonstra a ambição da CBF em elevar o padrão do futebol nacional a patamares internacionais, atraindo investimentos e fomentando um espetáculo esportivo de excelência para fãs e patrocinadores.