A descoberta de falhas e glitches em videogames, que antes eram tidas como defeitos a serem corrigidos, hoje são vistas como parte integrante da história e da cultura de muitos jogos. Um dos exemplos mais emblemáticos é o “Minus World” em Super Mario Bros. para o Nintendo Entertainment System (NES), lançado em 1985. Essa falha, que permite aos jogadores acessarem um nível subaquático infinito e sem interrupções, completou 40 anos e continua a fascinar jogadores e a ser objeto de estudo e nostalgia. A forma como essa falha foi descoberta e replicada contribuiu significativamente para a exploração de mecânicas de jogo e para a compreensão de como os erros de programação podem criar experiências inesperadas e memoráveis, muitas vezes levando à criação de comunidades dedicadas a desvendar segredos e exploits. A própria existência do Minus World transcendeu o jogo, tornando-se uma lenda urbana do mundo dos videogames e um símbolo da criatividade e perseverança dos jogadores em descobrir o inexplorado. “O Minus World” não é apenas um erro de programação; é um testemunho da profundidade e da longevidade do impacto que um jogo pode ter na cultura popular, inspirando discussões e explorações mesmo décadas após seu lançamento. A natureza persistente e intrincada dessa falha garantiu seu lugar na história dos videogames, muitas vezes sendo lembrada em discussões sobre a evolução da programação de jogos e o papel que os erros desempenharam nesse desenvolvimento. A exploração do Minus World incentivou uma geração de jogadores a pensar fora da caixa, a desafiar as fronteiras do que era considerado possível dentro de um ambiente virtual, moldando assim a forma como muitos abordam e interagem com videogames.