Venezuela: Maduro declara estado de emergência e arma civis contra ameaça dos EUA
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou sua prontidão para declarar estado de emergência no país, medida que visa fortalecer a defesa nacional frente a uma suposta ameaça dos Estados Unidos. Essa decisão acompanha a formação de milícias compostas majoritariamente por idosos e pessoas de baixa renda, grupos que, segundo o governo, dependem diretamente da ajuda estatal. A mobilização de civis, munidos de armamento, levanta preocupações sobre uma possível escalada de conflitos e o impacto na população vulnerável. A retórica de Maduro tem sido de resistência a intervenções externas, especialmente de Washington, que tem criticado duramente seu governo e imposto sanções econômicas.
Os Estados Unidos, por sua vez, têm negado intenções de invasão militar direta, mas o ex-presidente Donald Trump já considerou a possibilidade de atacar cartéis de drogas que operam na fronteira, um cenário que poderia gerar instabilidade na região. Essa declaração de Trump, embora focada em grupos criminosos, adiciona uma camada de apreensão às já tensas relações bilaterais. A Venezuela acusa os EUA de orquestrarem um plano de desestabilização para intervir em seus assuntos internos e, potencialmente, sustentar um governo de oposição.
A formação das milícias populares, conforme relatado, busca empoderar a população em um cenário de percepção de ameaça externa. No entanto, a inclusão de idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade levanta debates sobre a capacidade operacional e os riscos envolvidos em armar setores da sociedade com menos recursos e possivelmente menos treinamento. A estratégia de Maduro parece focar em demonstrar unidade nacional e resistência popular contra o que ele descreve como uma agressão imperialista.
Diversas fontes da mídia internacional têm acompanhado de perto os desdobramentos na Venezuela, destacando a crescente retórica beligerante e as medidas de defesa adotadas pelo governo. A comunidade internacional observa com atenção a evolução da situação, temendo um aprofundamento da crise humanitária e social que já afeta o país. A declaração de emergência e a formação dessas milícias podem ser interpretadas como movimentos estratégicos de Maduro para reforçar seu poder interno e projetar uma imagem de controle e soberania, ao mesmo tempo em que intensifica o confronto diplomático com os Estados Unidos.