Número de mortos por intoxicação de metanol em bebidas alcoólicas sobe para dois em São Paulo
O trágico cenário de intoxicação por metanol em São Paulo tomou um rumo ainda mais sombrio com a confirmação de duas mortes em decorrência do consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Essa substância química, utilizada como solvente e em diversas aplicações industriais, é extremamente perigosa quando ingerida, podendo levar a danos neurológicos graves, cegueira e, em casos fatais, à morte. A rápida proliferação desses casos levanta sérias preocupações sobre a segurança dos produtos comercializados e a eficácia dos mecanismos de fiscalização no mercado de bebidas. O metanol, também conhecido como álcool metílico ou álcool de madeira, é frequentemente usado por produtores clandestinos para aumentar o teor alcoólico de bebidas, barateando o custo de produção. No entanto, a sua metabolização no organismo humano gera aldeído fórmico e ácido fórmico, substâncias altamente tóxicas que afetam o sistema nervoso central e podem causar acidose metabólica severa, levando à insuficiência de múltiplos órgãos, incluindo o coração e os rins. Os sintomas iniciais da intoxicação por metanol podem ser semelhantes aos do consumo excessivo de etanol, como náuseas, vômitos e dor abdominal, mas evoluem rapidamente para manifestações mais graves. Diante da gravidade da situação, o Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu uma nota oficial e uma recomendação aos sistemas de segurança pública estaduais, alertando sobre os riscos e orientando sobre medidas preventivas e repressivas. A recomendação visa fortalecer a fiscalização sobre a produção, distribuição e comercialização de bebidas alcoólicas, a fim de identificar e coibir a presença de metanol em produtos destinados ao consumo humano. A inteligência de dados e o compartilhamento de informações entre as forças policiais são cruciais para mapear e desarticular as redes envolvidas na adulteração de bebidas. As autoridades sanitárias e policiais estão empenhadas em investigar a origem das bebidas contaminadas e identificar os responsáveis por essa prática criminosa que coloca em risco a vida de centenas de pessoas. A sociedade civil também desempenha um papel fundamental ao denunciar qualquer suspeita de comercialização de álcool adulterado, contribuindo para a prevenção de novas tragédias. A conscientização sobre os perigos do metanol e a importância de consumir apenas produtos inspecionados e de origem confiável são essenciais para garantir a segurança de todos. A colaboração entre governo, setor privado e cidadãos é o caminho mais eficaz para combater esse grave problema de saúde pública.