Um influente dirigente do Hamas, em entrevista concedida à rede de notícias CNN, defendeu a estratégia de seus militantes no ataque de 7 de outubro, argumentando que o alto preço pago em vidas palestinas foi um “custo necessário” para a causa. Segundo ele, a resistência armada, mesmo com perdas significativas, é a única via para forçar a atenção internacional e obter concessões, comparando a situação a momentos cruciais da história onde sacrifícios extremos levaram a mudanças políticas e sociais. A declaração surge em um contexto de intensificação do conflito, com relatos da ONU sobre a situação humanitária em Gaza ser descrita como um dos “capítulos mais horríveis” dos séculos 20 e 21. O líder palestino referiu-se aos ataques de Israel como um “momento de ouro” para a causa palestina, uma perspectiva que contrasta com a acusação de genocídio feita pelo líder palestino contra Israel em vídeo enviado à ONU, demonstrando as profundas divisões e a complexidade da narrativa em torno do conflito. A fala do representante do Hamas na CNN adiciona mais uma camada à discussão sobre a legitimidade e as consequências das ações de ambos os lados, levantando questões sobre ética, estratégia e o custo humano incalculável da guerra, que parece se arrastar e aprofundar as feridas históricas na região. A comunidade internacional segue dividida, com alguns buscando ativamente uma solução de dois estados, enquanto outros veem os ataques como atos terroristas que deslegitimam qualquer aspiração palestina, acirrando ainda mais o impasse diplomático e a tragédia humanitária em curso.