Um dos lances mais comentados da partida entre Grêmio e Botafogo, que terminou em empate e gerou insatisfação em ambos os lados, foi a marcação de um pênalti que resultou em gol para o time gaúcho. A análise dos árbitros de vídeo, utilizando uma câmera específica para a área, levou à decisão que mudou o curso do jogo. No entanto, a revelação posterior sobre a origem e instalação dessa câmera adiciona uma camada significativa de controvérsia, alimentando o debate sobre a lisura do processo e a igualdade de condições no futebol brasileiro. A CBF, através da GZHCBF, divulgou os áudios da revisão do lance, na tentativa de trazer transparência, mas a informação de que a câmera foi instalada pelo próprio Grêmio, com um comentário jocoso sobre a nova administração da Arena, intensificou as críticas. O jornalista Leo Bruderer, ao comentar sobre o fato, destacou a peculiaridade da situação, enfatizando que a câmera em questão estaria diretamente ligada à gestão da Arena do Grêmio. Essa informação levanta sérias dúvidas sobre a independência e a imparcialidade dos equipamentos utilizados em situações de vídeoarbitragem, especialmente em um campeonato tão disputado quanto o Brasileirão. As reações não demoraram a surgir. John Textor, dono da SAF do Botafogo, utilizou termos contundentes como ‘vergonhoso’ para descrever a arbitragem, expressando o sentimento de que o clube está sendo prejudicado e que a situação impede a evolução do esporte. A equipe do FogãoNET acompanhou de perto e relatou a frustração do clube com as decisões, enquanto o ge.globo apontou a decepção do público, mas também a projeção de melhorias futuras para a Arena, sugerindo um cenário de aprendizado e adaptação. A discussão transcende o jogo específico e toca em pontos cruciais para o futebol moderno: a confiabilidade da tecnologia, a transparência nos processos de arbitragem e o impacto que decisões controversas podem ter na integridade das competições. A forma como essa situação será tratada pelas entidades reguladoras, como a CBF, e a repercussão entre os clubes certamente moldarão o futuro da aplicação do VAR e a confiança do público nas decisões tomadas em campo.