Eduardo Bolsonaro critica voto contra PEC da Blindagem e senadores rebatem
O debate em torno da PEC da Blindagem, que visava alterar o foro privilegiado para parlamentares, acirrou-se após sua derrubada no Senado. Eduardo Bolsonaro, em declarações à imprensa, classificou os votos contrários como um ato de “puro medo politiqueiro”, sugerindo que a decisão foi tomada por receio de investigações futuras e não por mérito legislativo. Essa fala repercutiu em diversos setores, gerando novas camadas de discussão sobre a atuação dos congressistas e seus interesses. A votação no Senado, que rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição, foi cercada de expectativas e já vinha sendo antecipada como um ponto crucial para a jurisprudência brasileira no que tange à imunidade parlamentar. A notícia divulgada por portais como o NSC Total já sinalizava o tom de confronto, com a PEC sendo alvo de críticas e a sociedade civil demonstrando força contra a sua aprovação, como destacou a Folha de S.Paulo. A ideia era que a blindagem recairia sobre um número excessivo de parlamentares, dificultando a ação da justiça. Por outro lado, representantes que votaram contra a PEC procuraram justificar suas posições, buscando mitigar a percepção de que agiram por conveniência pessoal. Em declarações repercutidas pelo InfoMoney, senadores como Motta mencionaram que não havia um sentimento de traição, mas sim uma análise criteriosa dos impactos da proposta. A CartaCapital, por sua vez, utilizou a expressão “de alma lavada” para descrever a sensação após a rejeição da matéria, indicando que a decisão foi vista por muitos como um alívio e um passo em direção ao fortalecimento do combate à corrupção. A PEC da Blindagem, em sua essência, buscava restringir a aplicação do foro especial para crimes cometidos após a diplomação e em exercício do mandato, um tema de alta relevância para a justiça e para a opinião pública. Sua rejeição, contudo, abre espaço para debates sobre a necessidade de outras reformas legislativas que possam aprimorar o sistema de justiça criminal no país, sem comprometer a atuação dos órgãos de controle e a fiscalização de eventuais desvios de conduta por parte dos representantes eleitos.