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Haddad defende taxação de LCA e LCI para evitar cortes de gastos em 2026 e propõe unificação do IR

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou a importância da taxação sobre as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) como medida essencial para o equilíbrio fiscal do país, especialmente visando evitar a necessidade de novos cortes de gastos em 2026. A declaração surge em um contexto de discussões sobre a Medida Provisória (MP) que altera a tributação de investimentos, um tema que tem gerado debates no setor agropecuário e imobiliário. A proposta unificada de Imposto de Renda (IR) para diversas aplicações financeiras em 17,5% busca simplificar o sistema tributário e aumentar a arrecadação governamental, de acordo com o governo. Ao justificar a mudança, Haddad argumentou que essa taxação, quando aplicada de forma equitativa, pode permitir que o governo mantenha o planejamento orçamentário sem a necessidade de medidas drásticas como o contingenciamento de despesas essenciais, garantindo a continuidade de políticas públicas. O relator da MP acatou a proposta do governo, sinalizando uma forte articulação entre o executivo e o legislativo para a aprovação da medida. O Ministro também mencionou que, com a reforma tributária, os mais ricos pagarão menos impostos sobre o consumo, como a carne, enquanto o governo busca outras fontes de arrecadação, como a tributação de investimentos que antes gozavam de isenção. Essa estratégia tem como objetivo redistribuir a carga tributária de forma mais progressiva. A medida também visa aprimorar a eficiência do sistema financeiro, incentivando investimentos mais produtivos e reduzindo a dependência de instrumentos financeiros que, segundo o governo, criam distorções e concentram benefícios. A expectativa é que essa mudança traga maior previsibilidade e justiça ao sistema tributário brasileiro. A posição do Ministro da Fazenda evidencia um esforço contínuo para fortalecer as finanças públicas em um cenário econômico global desafiador, buscando a sustentabilidade fiscal a médio e longo prazo. A complexidade em torno da MP e do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) demonstra a sensibilidade das discussões que envolvem setores econômicos importantes para o Brasil. A articulação entre o governo e o Congresso Nacional é fundamental para a aprovação e implementação dessas reformas.