A Procuradoria-Geral da República (PGR) protocolou uma denúncia contra o deputado Eduardo Bolsonaro e o tenente-coronel Paulo Figueiredo, acusando-os de coação no curso do processo. A investigação apura a atuação de ambos em relação a supostas ameaças e pressões direcionadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a seus ministros. Embora a Polícia Federal (PF) tenha indiciado Jair Bolsonaro em um inquérito relacionado a uma ação nos Estados Unidos, a PGR optou por não incluí-lo na presente denúncia, o que gerou reações e críticas por parte dos acusados e de seus apoiadores, que chegaram a classificar a ação da PGR como “fajuta” e o procurador-geral como “lacaio” de outro membro do judiciário. Este desenvolvimento ocorre em um contexto de intensas discussões sobre a atuação de figuras políticas e seus familiares em casos que envolvem o Poder Judiciário e a manutenção da ordem democrática. A denúncia da PGR adiciona mais um capítulo às complexas investigações em andamento que buscam esclarecer a extensão de eventuais interferências e ilícitos cometidos por autoridades e personalidades ligadas ao antigo governo. Paralelamente, a Câmara dos Deputados iniciará em breve o julgamento de um pedido de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro, o que evidencia a fragilidade de sua posição perante os órgãos legislativo e judiciário. A situação do deputado torna-se ainda mais delicada com a denúncia da PGR, que pode influenciar significativamente o processo de cassação e a sua carreira política. A decisão da PGR de não denunciar Jair Bolsonaro na ocasião, apesar do indicamento da PF, levanta questionamentos sobre os critérios técnicos e jurídicos adotados na condução do caso, bem como sobre a independência da procuradoria em relação a pressões políticas. A análise desses desdobramentos é crucial para a compreensão do atual cenário jurídico e político brasileiro, marcado por investigações e disputas de poder, que impactam diretamente a confiança nas instituições.