Kim Jong-un exalta boas lembranças de Trump e abre porta para diálogo com os EUA, mas rejeita desnuclearização
Kim Jong-un, líder supremo da Coreia do Norte, expressou publicamente que guarda boas lembranças de seus encontros com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essa declaração, divulgada por diversos veículos de imprensa, sugere uma abertura para o diálogo entre os dois países, embora permaneça firme na sua posição de não abrir mão do arsenal nuclear norte-coreano. A Coreia do Norte tem buscado, há anos, um alívio das sanções internacionais impostas devido ao seu programa de armas nucleares e mísseis balísticos, e Kim Jong-un vê a possibilidade de conversas como um caminho potencial para esse objetivo. A menção a Trump remete aos históricos encontros de cúpula que ocorreram em Singapura e Hanói, que, apesar do otimismo inicial, não resultaram em avanços significativos na desnuclearização. A postura de Kim Jong-un reflete um complexo jogo diplomático, onde a segurança nacional e a soberania são prioridades absolutas, e o poder nuclear é visto como um pilar essencial para a defesa do regime. Ele argumenta que a desnuclearização completa, como exigida pelos EUA e pela comunidade internacional, colocaria a Coreia do Norte em uma posição de vulnerabilidade, algo que o regime não está disposto a aceitar. Apesar da rejeição explícita à desnuclearização como condição para o diálogo, o líder norte-coreano deixou a porta aberta para negociações, indicando que um eventual avanço dependerá da disposição dos Estados Unidos em reavaliar suas exigências e adotar uma abordagem mais flexível e realista. Essa declaração pode ser interpretada como uma estratégia para testar a nova administração americana e pressionar por uma mudança de postura, buscando uma nova rodada de negociações que possa resultar em ganhos concretos para a Coreia do Norte, como o levantamento de sanções, sem que isso implique no desmantelamento de seu aparato militar. A comunidade internacional acompanha com atenção os próximos movimentos, na esperança de que um caminho diplomático possa ser encontrado para a Península Coreana.