O Brasil tem a tradição de ser o primeiro país a discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas desde sua fundação em 1945. Essa honra não é por acaso, mas sim um reconhecimento do papel histórico e da iniciativa brasileira em propor e defender a criação de um fórum internacional para a paz e a segurança após a Segunda Guerra Mundial. A participação ativa do Brasil nas negociações que levaram à Carta da ONU, em São Francisco, foi fundamental para estabelecer seu lugar de destaque na organização. O país buscou desde cedo projetar sua influência no cenário global, e abrir os debates na Assembleia Geral se tornou um símbolo dessa projeção e de seu compromisso com o multilateralismo. A delegação brasileira, historicamente, aproveita essa oportunidade para apresentar suas visões sobre os principais desafios globais e propor soluções, muitas vezes servindo como um termômetro das preocupações internacionais. A relevância do Brasil como um dos fundadores e sua constante participação em debates cruciais solidificaram essa posição ao longo das décadas. O tema da Assembleia Geral deste ano em particular está sendo marcado por um cenário global complexo e desafiador. Conflitos em diversas regiões do planeta, tensões geopolíticas e crises humanitárias demandam atenção e ação coordenada da comunidade internacional. A Assembleia Geral da ONU, como o principal órgão deliberativo da organização, oferece um palco crucial para discussões sobre como promover a paz, a segurança e o desenvolvimento sustentável em um mundo cada vez mais interconectado. A presença de líderes mundiais e a diversidade de pautas abordadas, que vão desde o combate às mudanças climáticas até a reforma das instituições multilaterais, destacam a centralidade da ONU como um espaço de diálogo e, espera-se, de cooperação. A Assembleia Geral, com sua composição universal, é onde as nações podem expressar suas preocupações e buscar consenso para lidar com os problemas que afetam a todos, reafirmando o espírito que guiou a criação da organização há mais de 70 anos. A Assembleia Geral da ONU é um órgão central do sistema das Nações Unidas, funcionando como um fórum para todos os Estados-membros discutirem e deliberarem sobre uma vasta gama de questões internacionais. Sua principal função é fornecer um espaço para a troca de ideias, a formulação de políticas e a adoção de resoluções que visam promover a cooperação internacional em diversas áreas, incluindo paz e segurança, desenvolvimento econômico e social, direitos humanos e direito internacional. As decisões tomadas na Assembleia Geral, embora muitas vezes não vinculativas, possuem um grande peso político e moral, influenciando a agenda global e moldando o comportamento dos Estados.