A primavera, estação frequentemente associada a dias mais agradáveis e à renovação da natureza, apresenta um lado menos positivo para uma parcela considerável da população: o aumento das alergias respiratórias. No Paraná, a Secretaria de Saúde tem emitido alertas sobre essa sazonalidade, destacando a importância da conscientização sobre os gatilhos comuns. O pólen, liberado pelas diversas espécies de plantas que florescem abundantemente nesta época, é um dos principais vilões. Pequenas partículas que flutuam no ar podem ser inaladas, desencadeando reações inflamatórias nas vias aéreas superiores e inferiores de indivíduos sensíveis. Os Symptoms variam desde espirros frequentes, coriza, coceira nos olhos e garganta, até quadros mais graves de falta de ar e tosse persistente, que podem evoluir para crises de asma ou bronquite.É crucial diferenciar os sintomas de um resfriado comum de uma crise alérgica. Enquanto o resfriado é causado por vírus e geralmente vem acompanhado de febre e dores no corpo, as alergias respiratórias são uma resposta do sistema imunológico a agentes externos inofensivos, como o pólen, mofo ou ácaros, e os sintomas tendem a ser mais crônicos e específicos das vias aéreas, sem febre. A exposição a esses alérgenos pode levar à inflamação crônica das mucosas nasais, sinusite alérgica, conjuntivite e até dermatites. A orientação médica é fundamental para um diagnóstico preciso e o plano de tratamento adequado, que pode incluir medicamentos antialérgicos, corticoides e medidas de controle ambiental.A prevenção desempenha um papel protagonista na gestão das alergias respiratórias. Para mitigar os efeitos da primavera, recomenda-se reduzir a exposição ao pólen, mantendo janelas e portas fechadas em horários de maior concentração, especialmente em dias secos e com ventos fortes. O uso de purificadores de ar com filtros HEPA e a limpeza frequente de ambientes, retirando o pó que pode abrigar ácaros, também são medidas eficazes. Higienizar as vias aéreas com soro fisiológico regularmente pode ajudar a eliminar o pólen depositado nas narinas. Além disso, uma dieta balanceada e a hidratação adequada fortalecem o sistema imunológico, tornando o corpo mais resistente às agressões alérgenas.Outras medidas importantes incluem evitar tapetes, cortinas pesadas e bichos de pelúcia em quartos, locais onde os ácaros e o pó tendem a se acumular. O controle da umidade interna, mantendo-a entre 30% e 50%, também é importante para inibir a proliferação de fungos e mofo, outros gatilhos comuns de alergias. A prática regular de exercícios físicos, em ambientes fechados ou com baixa concentração de poluentes e pólen, também contribui para a saúde respiratória geral e pode ajudar a modular a resposta inflamatória do organismo. O acompanhamento médico contínuo é essencial para monitorar a evolução das alergias e ajustar as estratégias de controle conforme a necessidade do paciente.