Metalúrgicos da Embraer em São José dos Campos entram em greve por aumento real e direitos
Metalúrgicos da Embraer que atuam na fábrica de São José dos Campos, em São Paulo, deflagraram greve nesta quarta-feira (26), segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. A paralisação ocorre após o sindicato rejeitar a proposta de acordo coletivo apresentada pela empresa, que não atendeu às demandas dos trabalhadores por um aumento real nos salários e a manutenção de direitos. A reivindicação principal é um reajuste salarial que compense a inflação acumulada no período, além de um ganho real que reconheça a produtividade e a contribuição dos funcionários para os resultados da companhia. Os trabalhadores também expressam preocupação com possíveis retrocessos em cláusulas do acordo vigente, que impactariam sua jornada de trabalho e benefícios. A Embraer, uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, tem em São José dos Campos seu principal polo de produção e desenvolvimento, com operações cruciais para o setor aeroespacial brasileiro. A paralisação na unidade pode gerar atrasos em cronogramas de entregas e afetar a imagem da empresa no mercado internacional, que já enfrenta um cenário de concorrência acirrada. Analistas do mercado financeiro acompanham de perto o desenrolar da greve, com a expectativa de que a situação seja resolvida rapidamente para minimizar os impactos na produção e nas ações da EMBR3, que já apresentaram queda após o anúncio da greve. A força de trabalho da Embraer em São José dos Campos é composta por milhares de profissionais altamente qualificados, incluindo engenheiros, técnicos e operários, que são fundamentais para o sucesso das operações. As negociações entre o sindicato e a direção da Embraer devem continuar, com o objetivo de encontrar um consenso que restabeleça a normalidade nas atividades da fábrica e garanta a satisfação dos trabalhadores. Espera-se que ambas as partes demonstrem flexibilidade para chegar a um acordo justo e sustentável, considerando a importância estratégica da Embraer para a economia brasileira e para o setor aeroespacial global. A continuidade ou não da greve dependerá do avanço das negociações e da capacidade de ambas as partes em ceder em pontos para alcançar um denominador comum que beneficie a empresa e seus colaboradores, mantendo a competitividade e a inovação como pilares.