Copom deve manter Selic em 15% e sinalizar cortes a partir de 2025
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil deve manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano em sua próxima reunião. Essa expectativa é unânime entre os analistas de mercado consultados por diversos veículos de comunicação. A decisão é aguardada com grande atenção, pois o Copom também pode aproveitar a oportunidade para suavizar seu discurso, indicando um cenário econômico mais favorável que viabilize futuros cortes na taxa de juros, possivelmente a partir de 2025. Essa postura indicaria uma transição para uma política monetária menos restritiva, o que seria um sinal positivo para a economia. O atual patamar de 15% ao ano, estabelecido em agosto de 2023, representa um ciclo de aperto monetário que buscou conter a inflação, mas que agora pode começar a dar sinais de recuo diante da melhora em alguns indicadores. A inflação, apesar de ainda apresentar desafios, tem mostrado sinais de moderação em alguns setores, e o cenário macroeconômico global também contribui para uma perspectiva um pouco mais otimista, embora a cautela ainda prevaleça. Além da Selic, os investidores estarão atentos a outras discussões relevantes para o mercado financeiro, como o desempenho de dividendos de ações e a performance de mercados emergentes, que podem ser influenciados pelas decisões de política monetária no Brasil e no exterior. A comunicação do Copom sobre os próximos passos é crucial para guiar as expectativas do mercado e influenciar o comportamento de investidores e empresas. As atenções se voltam para as projeções futuras da inflação e para o nível de atividade econômica que podem subsidiar as futuras decisões de flexibilização monetária. Os analistas buscam sinais de que o Banco Central esteja confiante o suficiente na trajetória descendente da inflação para iniciar um ciclo de cortes na Selic, o que poderia estimular o crédito e o consumo, impulsionando a atividade econômica no médio prazo. A cautela é justificada pelas incertezas persistentes tanto no cenário doméstico quanto no internacional, que exigem uma vigilância constante por parte da autoridade monetária para garantir a estabilidade de preços e o pleno funcionamento do sistema financeiro.