Moody’s alerta para reversão de isenção dos EUA ao Brasil após condenação de Bolsonaro
A agência de classificação de risco Moody’s sinalizou uma potencial reversão da concessão brasileira à lista de países isentos de tarifas de importação nos Estados Unidos. Essa advertência surge em meio a um contexto de escalada de tensões diplomáticas e possíveis novas sanções americanas direcionadas a autoridades brasileiras, em especial após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro em processos de segurança nacional. A medida, se concretizada, pode afetar o fluxo de comércio entre os dois países e gerar instabilidade econômica. O cenário se intensifica com projeções de que as sanções americanas possam se intensificar nas próximas semanas. Especialistas apontam para a possibilidade de novas restrições impostas pelo governo dos EUA a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ante a percepção de desdobramentos políticos e judiciais internos. A conjuntura também aumenta a preocupação com a relação entre o Brasil e a administração atual dos Estados Unidos, antecipando um período de maior atrito até o desenrolar das eleições presidenciais americanas, que podem influenciar diretamente a política externa do país. Deputados americanos já manifestaram publicamente sua posição sobre os eventos no Brasil, com alguns classificando o ex-presidente Bolsonaro como um golpista e apelando à administração atual, inclusive ao ex-presidente Donald Trump, para que repensem ou reavaliem políticas comerciais, como o tarifaço, que podem impactar negativamente as relações bilaterais. Essa pressão legislativa, somada às análises de agências de risco e think tanks, desenha um quadro complexo de governança e relações internacionais para o Brasil. O pesquisador americano, em suas análises, enfatiza que tais desdobramentos podem resultar em um ambiente político e econômico mais desafiador para o Brasil no cenário internacional. A condenação de Bolsonaro e as possíveis reações americanas levantam questões sobre a estabilidade política brasileira e sua influência na percepção de risco por parte de investidores estrangeiros e parceiros comerciais, exigindo atenção redobrada das autoridades brasileiras para mitigar os impactos negativos.