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Sarampo Dispara 34 Vezes Mais em 2025, Alerta Organização Pan-Americana da Saúde

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) divulgou dados alarmantes indicando um surto de sarampo sem precedentes, com um aumento de 34 vezes nos casos registrados em 2025. Este dado sinaliza um retrocesso grave em décadas de esforços para erradicar a doença na região das Américas, onde o sarampo já havia sido declarado eliminado. A volta da circulação do vírus é atribuída a diversos fatores, incluindo a queda nas coberturas vacinais em muitos países e a interrupção nas campanhas de imunização, muitas delas impactadas pela pandemia de COVID-19 e crises socioeconômicas. O sarampo, causado pelo vírus morbilli, é uma infecção viral aguda que pode apresentar quadros clínicos graves, levando a complicações como pneumonia, encefalite (inflamação do cérebro) e, em casos extremos, a morte. A doença é transmitida pelo ar, através de gotículas expelidas pela tosse ou espirro de pessoas infectadas, e é considerada uma das mais contagiosas que existem, com um único indivíduo doente podendo infectar de 12 a 18 pessoas não vacinadas ao seu redor. A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola – SCR) é altamente eficaz e segura, sendo a principal ferramenta de prevenção. A queda na adesão à vacinação, contudo, criou um grande número de indivíduos suscetíveis, servindo como um terreno fértil para a reintrodução e disseminação do vírus. É fundamental que os sistemas de saúde reforcem as estratégias de vacinação, buscando alcançar as populações mais vulneráveis e garantir que as coberturas vacinais retornem aos patamares ideais, geralmente acima de 95%, para manter a imunidade de rebanho e proteger a comunidade como um todo. As autoridades de saúde pública apelam à população para que atualizem seu cartão de vacinação e participem ativamente das campanhas de imunização, ressaltando que a proteção individual se traduz em proteção coletiva e é essencial para evitar a propagação desta doença potencialmente fatal e para reverter essa tendência alarmante observada em 2025. A Opas reforça a necessidade de vigilância epidemiológica constante e de ações coordenadas entre os países para conter a disseminação do sarampo e proteger a saúde das populações, especialmente das crianças, que são as mais suscetíveis às formas graves da doença e suas complicações.