O Superior Tribunal Militar (STM) anuncia que julgará a perda de patente de Jair Bolsonaro e demais militares condenados pela trama golpista. Esta decisão representa um marco significativo na responsabilização de figuras proeminentes que teriam atuado para reverter o resultado das eleições de 2022. A análise pelo STM foca especificamente nas implicações disciplinares e militares das condenações, avaliando se as ações dos envolvidos violaram os regulamentos e códigos de conduta das Forças Armadas, podendo resultar na exclusão das fileiras. A questão se torna ainda mais complexa ao considerar o impacto na imagem e na credibilidade do Exército brasileiro perante a sociedade. O envolvimento de altos oficiais em planos golpistas levanta questionamentos sobre a disciplina interna, a lealdade às instituições democráticas e a imparcialidade com que as Forças Armadas devem atuar, especialmente em seus quadros superiores. As potenciais consequências para a corporação vão além das punições individuais, podendo afetar a percepção pública e a confiança que a população deposita nas instituições militares, exigindo medidas de reestruturação e fortalecimento da ética militar. Nesse contexto, o Ministério Público de Contas também se manifestou, pedindo a suspensão de salários de Bolsonaro e outros militares condenados, o que evidencia a amplitude das repercussões legais e financeiras decorrentes das investigações e condenações. A análise sobre a perda de patente, em especial, é vista como uma prioridade no STM, dado o precedente que pode criar e a alegada gravidade das condutas investigadas. Este processo judicial, portanto, não se limita a determinar o destino militar dos indivíduos envolvidos, mas também a redefinir os padrões de conduta e responsabilidade esperados de todos os membros das Forças Armadas, especialmente daqueles em posições de liderança, em um momento crucial para a consolidação da democracia no país.