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Demissões no Itaú: Trabalhadores Relatam Sobrecarga e Falta de Feedback em Home Office

Vários ex-funcionários do Itaú Unibanco vieram a público para expressar sua insatisfação com os métodos de desligamento e as condições de trabalho durante o período de home office. As alegações apontam para uma sobrecarga de trabalho significativa, com relatos de empregados que trabalharam sete dias consecutivos e em horários estendidos, incluindo madrugadas, sem o devido reconhecimento ou feedback sobre seu desempenho. Essa modalidade de trabalho remoto intensificou a linha tênue entre a vida profissional e pessoal, gerando um ciclo de esgotamento. O modelo de trabalho remoto, embora tenha trazido flexibilidade para alguns, para outros se transformou em uma ferramenta de monitoramento indireto e, em alguns casos, de pressão por produtividade sem critérios claros. Empresas como o Itaú têm investido em tecnologias e metodologias para avaliar a performance dos colaboradores à distância, mas a aplicação desses métodos tem sido alvo de controvérsias, levantando questões sobre justiça e humanidade nos processos de gestão e demissão. A falta de comunicação clara e de feedback constructivo durante o home office agrava a situação dos trabalhadores, que se sentem desvalorizados e sem suporte para compreender as expectativas da empresa e o motivo de eventuais insatisfações. Os desligamentos, por sua vez, são descritos como frios e impessoais, o que contribui para um sentimento de desamparo e revolta entre os colaboradores impactados, que dedicaram anos de suas carreiras à instituição. As discussões sobre produtividade no ambiente de trabalho remoto são complexas e multifacetadas, envolvendo não apenas a entrega de tarefas, mas também a qualidade do trabalho, a colaboração com colegas e a capacidade de adaptação a novas metodologias. A forma como as empresas gerenciam essas métricas e comunicam suas avaliações tem um impacto direto na saúde mental e na motivação dos funcionários, e os recentes acontecimentos no Itaú parecem evidenciar falhas significativas nesse processo. A necessidade de estabelecer canais de comunicação mais abertos, oferecer feedback contínuo e realizar desligamentos com mais empatia torna-se crucial para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, especialmente no contexto atual de consolidação do trabalho remoto.